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O Amor Consciente

O Amor Consciente

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Ao falar de “Amor” temos que ser judiciosos na análise (não ignorem vocês que eu sou matemático na investigação e exigente na expressão). A palavra “Amor”, em si mesma, é um pouco abstrata, necessitamos especificá-la para saber que é isso que se chama “Amor”.

As pessoas, ao escutarem a palavra “Amor”, sentem que algo lhes chega ao coração, mas como quer que têm a mentalidade em estado subjetivista, como quer que não deram objetividade a seu pensamento, não captam a profunda significação de tal palavra. É necessário e impostergável entender o que é “Amor”.

Aquela frase “não faças ao outro o que não quer que façam a ti” poderia ser traduzida assim: “faça-se consciente dos outros”, isto é, de teu próximo e de ti mesmo. Ou aquela outra: “amem uns aos outros assim como eu os amei”, que poderia ser traduzida assim: “faça-se consciente dos outros e de ti mesmo”. Aquela de “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” poderia ser traduzida como “Faça-se consciente da Divindade que há em seu interior e do próximo, e de ti mesmo”.

Assim, pois, necessitamos FAZER-NOS CONSCIENTES disso que se chama “AMOR”, que poderia ser traduzido em “CONSCIÊNCIA”.

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Como poderia alguém amar a seus semelhantes, isto é, compreendê-los, se não é consciente de seus semelhantes? Devemos fazer-nos conscientes de nossos semelhantes, se é que verdadeiramente queremos compreendê-los e só compreendendo-os sentiremos por eles Amor.

Mas, para podermos fazer-nos conscientes de nossos semelhantes, devemos fazer-nos conscientes de si mesmo. Se um homem não é consciente de si mesmo, como vai se fazer consciente de seus semelhantes? E se não é consciente de seus semelhantes, como poderia compreendê-los? E se não os compreende, qual será sua conduta em relação a eles? Isto é importante…

No trabalho esotérico gnóstico disse que deve haver afeto pelo trabalho, mas não poderia haver tal coisa se não o compreendêssemos. COMPREENSÃO É FUNDAMENTAL.

Bom, continuando adiante, prosseguindo com estas investigações, diremos o seguinte: há três classes de Amor. Quando um discípulo diz a Jesus, o Cristo, que o ama, Jesus sabe interrogar seu discípulo, por sua vez perguntando que classe de amor sente por Ele. Nós devemos entender um pouco a fundo isto, porque existe o AMOR PURAMENTE SEXUAL, existe o AMOR PURAMENTE EMOCIONAL  e existe o AMOR CONSCIENTE. Em um dos nossos R. dizemos: “Amor é Lei, porém Amor Consciente!”.

Muitas pessoas se entendem pelo sexo e nada mais, o que é Amor Sexual. Há outras que têm seu centro de gravidade na emoção, ou seja, cultivam o Amor meramente Emocional; tal Amor Emocional entre duas pessoas indubitavelmente gira em torno do ódio ou vice-versa, sendo instável, está cheio de amarguras, paixões e ciúmes etc. Portanto, não poderia ser qualificado como Amor Judicioso no sentido completo da palavra.

Inquestionavelmente, só o Amor Consciente merece nossa veneração, mas para que exista o Amor Consciente faz-se indispensável, antes de tudo, trabalhar sobre si mesmo para eliminar de si mesmo os elementos psíquicos indesejáveis que em nosso interior carregamos, do contrário, não haveria Amor Consciente em nós.

Como poderia ter Amor Consciente alguém puramente emotivo? Um sujeito X-X, cheio de ciúmes, cheio de receios etc.? Para que esse Amor Consciente nasça há que eliminar os elementos da paixão: os ciúmes, as brigas etc., há que eliminar elementos puramente sensuais etc. , APRENDER A COLOCAR-SE sempre no PONTO DE VISTA ALHEIO.

Quão difícil é aprender a se colocar no ponto de vista alheio! Quão difícil! Quem se eleva,quem aprende a sentir Amor Consciente, sabe se colocar no ponto de vista alheio.

Aquilo de “não faças aos outros o que não queres que façam a ti” deve ser traduzido para “faça-se consciente dos demais e de ti mesmo”. Se a pessoa não se coloca no ponto de vista alheio, fracassa totalmente, não chegará jamais a Amar alguém conscientemente. Mas para nos colocar no ponto de vista alheio temos que DEIXAR DE LADO O AMOR PRÓPRIO.

 

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Desgraçadamente, as gentes foram fabricadas com o modelo do amor próprio. É óbvio que nós devemos, camada por camada, ir eliminado de si mesmo os distintos aspectos do amor próprio. Grande parte disso que se chama “Amor” (que o homem sente pela mulher ou vice-versa) no fundo não é mais que uma extensão do amor próprio. É muito difícil eliminar de si mesmo o amor próprio. O Eu do amor próprio deve ser desintegrado, deve ser anulado, deve ser reduzido a cinzas, se é que de verdade nós queremos aprender a ver o ponto de vista alheio.

Normalmente, ninguém saber ver o ponto de vista alheio, ninguém sabe se situar na posição dos demais, cada um está tão dominado pelo Eu do amor próprio, que nem remotamente lhe ocorre pensar em se colocar na posição alheia, no ponto de vista dos demais.

Se uma pessoa elimina de si mesmo o Eu do amor próprio, dá um grande passo e consegue ELIMINAR aqueles agregados psíquicos que personificam claramente a ARROGÂNCIA, a SUPERIORIDADE e a INTOLERÂNCIA, obviamente realizará avanços extraordinários, porque a arrogância, precisamente, é isso que nos faz sentir-nos como pessoas muito grandes, que faz nos comportarmos ante os demais de uma forma até déspota; é óbice para o despertar da Consciência. Uma pessoa arrogante não poderia amar a seus semelhantes jamais. Como os amaria?

A superioridade. O que diremos desse Eu da superioridade? Por que temos de nos sentir tão importantes ante os outros, ante o próximo, se nós não somos mais que míseros gusanos do lodo da terra? Isso de superioridade, de crer-nos superiores aos outros, é óbice para o despertar.

Quanto à intolerância, esta nos conduz à crítica, vemos os defeitos do próximo, mas não vemos os nossos, “vemos a palha no olho alheio, mas não vemos a viga no nosso”. Só quando uma pessoa se coloca no ponto de vista alheio, então aprende a ser mais tolerante com o próximo e como resultado desaparece a crítica destrutiva e prejudicial. Faz-se necessário, pois, aprender a nos colocar na posição dos demais.

(…)

Inquestionavelmente, a Consciência é o interessante. A CONSCIÊNCIA É AMOR. Amor e Consciência são duas partes do mesmo. Se uma pessoa se propõe, de verdade, a fazer-se consciente de si mesmo, far-se-á consciente dos demais.

Enquanto tivermos em nós próprios o sentido da Auto importância, marcharemos pelo caminho do erro. Até aqui minha conferência desta noite…

(Excerto de Conferência gravada e transcrita de Samael Aun Weor intitulada “A Transvalorização do Trabalho Esotérico”)

 

 

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