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O Eterno Feminino

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O Eterno Feminino

   Sem dúvida, as mais belas criaturas, as formas mais complexas de vida e até mesmo a singela e quase imperceptível florzinha dos campos verdejantes, que por sua diminuta forma física é desconsiderada, mas cuja perfeição geométrica e riqueza de cores e detalhes impressionariam até mesmo os mais perfeccionistas artistas do nosso mundo, sem exceção, vieram ao tapete da existência graças a um princípio mágico, infinito e divino da criação, que em linguagem esotérica chamamos “O Eterno Feminino”. Deus Mãe que dilui sua majestade em todo o criado para que o milagre da vida aconteça.
Em todas as fêmeas da criação, tal princípio maravilhoso faz morada e permite que através das magias e mistérios contidos em um útero feminino, uma simples semente se converta em uma forma de vida completa e plena de possibilidades. Este útero é a perfumada terra que, fecundada pela semente, a transforma e origina toda a rica vegetação que torna tão belo e extraordinário o planeta.             Esse mágico útero é o mesmo espaço infinito que gesta mundos, sóis, galáxias, sistemas, e os abriga amorosamente em seu seio para que, amparados pela luz infinita do Eterno Feminino, ocupem cada um o espaço que lhe corresponde para através da dança harmoniosa e perfeita que constantemente realizam ao moverem-se no espaço, originem as deliciosas músicas das esferas que harmonizam a todo o criado.
A mulher é a expressão mais direta deste princípio divino e misterioso que cria a vida, a amamenta, cuida e direciona no caminho da existência. A mulher porta um poder que a torna um ser muito especial, este é o poder de criar. Desafortunadamente, perdemos o sentido de assombro que nos permitiria visualizar a enorme grandeza que encerra a criação de uma vida. Um espermatozoide que fecunda um óvulo e no interior, no íntimo de um ser chamado mulher, se converte em um ser humano com toda a complexidade e perfeição que encerra esta forma de vida. Todos os fortes e heroicos conquistadores da humanidade, cada filósofo que com sua sabedoria tornou mais aprazível a história, cada gênio, que com suas criações melhoraram as condições da sociedade, cada um destes libertadores de povos como um Mahatma Ghandi, Simon Bolivar, etc, somente puderam brilhar no cenário da humanidade porque houve uma mulher que amorosamento deu à luz sua vida.
A mulher sempre foi este ser que deu sentido a vida do homem. Através de uma sensibilidade ímpar e de uma enorme capacidade de amar e perdoar, em muitas oportunidades enobreceu o gênero humano. Por tal motivo em antigas culturas a mulher era venerada e adorada qual uma deusa. Em civilizações extraordinárias e elevadas, portadoras do conhecimento eterno, como a do antigo Egito dos faraós, as sacerdotisas do amor eram profundamente respeitadas e ensinavam aos povos com uma sabedoria inefável e impressionante.      O verbo de grandes mulheres conduzia o ser humano na direção espiritual. Com o passar dos anos, o materialismo foi cada vez mais ganhando espaço no mundo, e então a mulher foi a que mais sofreu com a degeneração humana, pois de Deusa passou até mesmo a escrava. Já em uma época mais recente, observamos com o coração compungido que a mulher foi sufocada pelos ímpetos de uma sociedade que já se divorciou dos princípios espirituais e que retirou dela até mesmo a liberdade, juntamente com tantos valores e atributos maravilhosos que trazem felicidade e harmonia para o ser humano.
Em uma busca desesperada por recobrar seu lugar na sociedade a mulher também foi a extremos ao querer igualar-se ao homem, fato que a conduz a uma lastimável perda de si mesma e a desequilíbrios extremamente daninhos, já que o criador com toda a sua inteligência os fez para que se complementem e sejam finalmente plenos.
A mulher, perdida de si mesma, já não pode ser feliz e fazer feliz a quem lhe rodeia. Por outro lado quando a mulher, através da sensibilidade, da ternura, do carinho, irradia o amor que lhe foi brindado em grande expressão pelo criador, cria o paraíso na terra, e entra no céu ainda em vida.
Nós mulheres desta época tão difícil da humanidade estamos imbuídas de encontrar nosso próprio equilíbrio e verdadeira liberdade psicológica que nos permita colaborar com a divindade no intuito de libertar o ser humano da maldade e das trevas que tanta amargura e infelicidade trazem ao nosso dolorido mundo. Não temos, considero, nenhum motivo para nos sentir esmurecidas, pois em nosso interior de mulher está um poder imensamente transformador, que qual uma roseira que converte o lodo da terra em perfume inefável, assim mesmo com a inteligência própria do Eterno Feminino podemos transformar a dor deste vale de lágrimas em rosas perfumadas de sabedoria que embalsamem nosso Espírito e à pobre humanidade que sofre.

Autoria da Instrutora Gnóstica: Karoly Jardim

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