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O Menino Sol (mistérios do Natal)

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No amanhecer do Grande Dia Cósmico, o 1° Logos, O Pai, diz ao 3° Logos, o Espírito Santo: “Ide e fecundai a minha esposa, a Matéria Caótica, a Grande Mãe, para que surja a vida; todavia, tu verás”.
Assim falou o Pai e o Terceiro Logos inclinou-se reverente. Amanhecia a aurora da criação.
Nos Sete Templos do Caos trabalham os cosmocratores, o exército dos construtores da aurora, a hoste dos Elohim, o 3° Logos.
Três forças são indispensáveis para toda a criação: a força positiva, a força negativa e a força neutra.
Ante o altar do templo, um Elohim polarizou-se de forma masculina, positiva; e outro de forma negativa, feminina.
No plano baixo do templo, o coro dos Elohim representou a força neutra.
Esta ordem das três forças ficou assim estabelecida em cada um dos Sete Templos do Caos Primitivo.
Cantava o Divino Varão. Cantava a Divina Mulher. Cantava o Coro dos Elohim.
Toda a liturgia dos Sete Templos foi cantada e a Grande Palavra fez fecundo o ventre da Grande Mãe.
No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.
Esta era no princípio com Deus. Todas as coisas por Ele foram feitas e sem Ele nada do que foi feito, se fez.
N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens.
O Verbo fecundou as águas da vida e o Universo, em seu estado germinal, surgiu esplendoroso na aurora.
O Espírito Santo fecundo a Grande Mãe e nasceu o Cristo. O 2° Logos é sempre fiho da Virgem Mãe.
Ela é sempre virgem antes do parto, no parto e depois do parto. Ela é Ísis, Maria, Insoberta, Rea, Cibeles, etc.
Ela é o Caos Primitivo, a substância primordial, a Matéria-Prima da Grande Obra.
O Cristo Cósmico é o exército da Grande Palavra e nasce sempre nos mundos; e é crucificado em cada um deles para que todos os seres tenham vida e a tenham em abundância.
Meus irmãos! Observai o Astro-Rei em seu movimento elíptico. O Sol se move de sul a norte e de norte a sul. Quando o Sol avança para o norte celebra-se o nascimento do menino Sol. Ele nasce em 24 de Dezembro, à meia noite, já para amanhecer o 25.
Se o Cristo Sol não avançasse para o norte, a terra toda se converteria em um grande volume de gelo e toda a vida pereceria; porém, o Deus Sol avança para o norte desde 25 de Dezembro para animar e dar calor e vida a todas as criaturas.
O fio da data de seu nascimento e a variável de sua morte têm sempre, em todas as teogonias religiosas, profunda significação.
Débil e desvalido nasce o Menino Sol nesse humilde presépio do mundo em uma dessas noites muito longas do inverno, quando os dias são muito curtos nas regiões dos norte.
O signo da Virgem Celestial se eleva no horizonte pela época de Natal e assim nasce o menino para salvar o mundo.
O Cristo Sol, durante a infância, se encontra rodeado de perigos e é realmente bem claro que o reino das trevas é muito mais longo que o seu, nos primeiros dias, porém ele vive apesar de todos os terríveis perigos que o ameaçam.
Passa o tempo… os dias se prolongam cruelmente e chega o equinócio de primavera, a Semana Santa, o momento de cruzar de um extremo a outro, o instante da crucificação do Senhor neste mundo.
O Cristo Sol se crucifica em nosso planeta Terra para dar vida a tudo o que existe; depois de sua morte, ressuscita em toda a criação e amadurecem então a uva e o grão. A Lei do Logos é o Sacrifício.

Este é o Drama Cósmico que se repete de momento em momento em todo o espaço infinito, em todos os mundos, em todos os sóis.
Este é o Drama Cósmico que era representado de forma cênica nos templos do Egito, Grécia, Índia, México, etc.
Este é o Drama Cósmico que representa-se em todos os templos de todos os mundos do espaço infinito.
O aspecto secundário deste grande drama corresponde com inteira exatidão a todo indivíduo sagrado que, mediante a revolução da consciência, alcança a Iniciação Venusta e converte-se em Herói Solar.

Trecho extraído do Livro O Colar de Budha (1966) – Samael Aun Weor

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