O Simbolismo do Templo do Rei Salomão
Muitos já ouviram falar do Sábio Rei Salomão, filho do rei Davi, quem ordenou a construção do Templo do Deus Vivo. Na Bíblia Hebraica, Salomão decidiu construir um grande templo dedicado a Jehovah (Yod+HeVe), o único Deus. Para isso contou com o auxílio do rei de Tiro, Hiram, quem enviou materiais, construtores e o construtor mestre, chamado Hiram Abiff, o “filho da viúva”
No esoterismo maçônico existe a Lenda do Terceiro Grau, na qual Hiram Abiff é o Grão-Mestre dos construtores de Salomão, que estão divididos na seguinte hierarquia: Aprendiz, Companheiro e Mestre e cada nível com sua própria sabedoria. Todavia, Hiram Abiff foi morto dentro do templo por três companheiros traidores, que desejavam o conhecimento do Terceiro Grau (Mestre) sem ter direito, que o Grão Mestre não entregou. Mais tarde, Salomão e os mestres vingaram a morte de Hiram.
A construção do Templo de Salomão para que nele habitasse o Deus Único é um simbolismo para o trabalho esotérico na Grande Obra de cada indivíduo. Cada um de nós devemos lapidar nossa rocha imperfeita (a eliminação da falsa personalidade e a morte psicológica) para torná-la a Pedra Cúbica Perfeita, base de todo Templo Sagrado. Assim disse Jesus a Pedro: Tu és Pedra e sobre essa Pedra edificarei minha Igreja. Pedro é “Petrus”, “Patar”, a Pedra Filosofal dos antigos alquimistas.
Cada um de nós devemos construir e aperfeiçoar, sobre essa Pedra Perfeita, o Templo Sagrado, a Igreja Transcendental, nosso próprio veículo físico e veículos vital, astral, mental, e causal para que um dia nossa Alma Espiritual (corpo búdico ou intuicional) e nosso Espírito, Atman, o Deus Íntimo, o Sagrado Ser Interior que todos temos, possa nele habitar. Como estamos não podemos encarnar aquilo que é a Verdade.
Hiram Abiff simboliza aquele que está morto e deve ressuscitar. Hiram Abiff, o enviado do rei Hiram, é o Mestre Secreto, Cristo Íntimo de cada um, é o mesmo Horus dos egípcios, o filho da deusa Ísis, a viúva de Osíris. Assim como o Cristo, Hiram foi morto pelos três traidores: do Desejo (que vende o mais sagrado em nós, o Cristo, por trinta moedas), da Mente (que justifica todos os seus erros, lava suas mãos) e da Má Vontade (que utiliza seu poder e influencia para mandar matar ao Cristo). Todos nós devemos lutar para que o Cristo Interior ressuscite, nasça novamente, para que organize e realize completamente a Grande Obra do nosso Rei Íntimo (nosso Pai Interno, o Primeiro Logos da Teosofia, Kether da Cabala).
Somente aqueles que tomam o maço da vontade (que nos remente ao poderoso martelo do deus nórdico Thor, ambos com a forma da cruz Tau) e o cinzel (símbolo do sacrifício) podem eliminar seus defeitos psicológicos até que sua Alma Humana, simbolizado pela retidão do esquadro, possa se unir ao seu próprio Deus Único Interior, simbolizado pelo círculo perfeito desenhado pelo compasso. Esquadro e Compasso unidos formam a Estrela de Salomão, a representação ALQUÍMICA da cristalização da Grande Obra: quando o SER se humaniza e o HUMANO se diviniza.
Os Três Fatores da Revolução da Consciência (Morte Psicológica – Nascimento Alquímico – Sacrifício pela Humanidade) são as chaves que nos entrega a Gnosis para alcançar o objetivo de nossa existência: a Autorrealização Íntima do Ser.
Já ensinara SamaelAunWeor: Pois o SEPULCRO DE HIRAM ABIFF HÁ QUE BUSCÁ-LO EM NOSSO PRÓPRIOS FUNDOS ANIMAIS. Aí está o Sepulcro…
Eliminemos a nossa parte animal para que (re)nasça nossa parte divinal.
muito boa explicação de tudo