Falando com Meus Sentimentos
Meditando nestas coisas da vida, quis decifrar meus sentimentos e descobrir o que busco, o que é que quero e, sobre tudo, o que me serve, porque acredito que todos meus semelhantes também buscam no enigmático da vida algo que lhe dê resposta a isto que nem os pensamentos, nem os sentimentos lhes tem dado.
Tenho subido montanhas e tenho andado nas planícies; tenho lido na história as façanhas dos heróis; tenho conhecido a amargura dos mais desventurados e… ao fim, me convenci que nada me daria a resposta que minha consciência necessitava.
Foi assim que resolvi me sentar ao pé de um riacho cristalino e puro e vê-lo deslizar-se, produzindo seu natural arrulho.
Dentro destas águas se moviam centenas de peixinhos que, sem raciocinar em nada, ali se alimentavam… e eu me disse: Por que serei eu assim como sou tão raciocinativo, tão pessimista e sobre tudo com tão pouca fé?
Resolvi lançar-me às águas e nadar como os peixes.
Tomei e tomei tanto delas até que saciei minha sede, logo sai dali e empreendi minha viagem à montanha por um caminho rochoso e difícil, tentando chegar até o cume e desde ali divisar as planícies e também elevar-me até o espaço, como as aves voadoras… e contar a todo que encontrava, que se tomar das águas puras desse rio, acalmaria sua sede para sempre.. e poderia empreender a viagem até a conquista das alturas, compatilhar com as aves voadoras, extasiar-se com o perfume dos campos e presenciar o amanhecer de um novo dia.
Nesta viagem longa e sem regresso, praticar frente a frente com a terra, com as águas, com o ar e com o fogo e dizer-lhes que deles sou parte.. porém que, por vontade divina, me elevarei até as esferas e tocarei a harpa cantarina que me dará as notas da minha orquestrada voz e com este som elevarei minha alma até os pés do Arquiteto dos dias… DEUS !
VM Lakhsmi