Adentramos agora o simbólico mundo dos sonhos e aprenderemos um pouco sobre o que eles nos dizem.
Infelizmente, pelo que nos explica o Avatara de Aquário, as Representações da Mente tornam confuso e obscuro esse ambiente, como se ele estivesse cheio de sujeira e escuridão.
Se nossos sonhos são absurdos e incoerentes, precisamos fazer uma limpeza urgente no Templo da Mente.
Com exemplos das práticas orientais de meditação, nosso Venerável Mestre ressalta que a verdadeira quietude e serenidade da Mente só se alcança com o trabalho sério e sem evasivas sobre si mesmo.
“Se se estuda cuidadosamente a vida dos sonhos acharemos neles tantas coisas vagas e incoerentes, vários aspectos subjetivos e tantas coisas absurdas, pessoas, fatos que não tem realidade, e que em si se tornam incoerentes e por tal motivo nos devem convidar a reflexão.
Uma pessoa, como gnóstico, quer ter claridade conceitual, ideias lúcidas, iluminação radical, sem incoerências, sem subjetivismo de nenhuma espécie.
Mas, desgraçadamente, as Representações que em nosso interior carregamos e os diversos agregados, condicionam de tal forma a Consciência que a mantem dentro do carril nada agradável do subconsciente e até da Infra consciência e Inconsciência.
No Mundo Oriental se fala muito de síntese. Por exemplo, o budismo Zen só diz que se deve chegar à QUIETUDE DA MENTE ao SILÊNCIO DA MENTE, com o propósito de se conseguir, um dia, a irrupção do Vazio Iluminador.
Afirmam que “no Satori há verdadeira felicidade”.
Querem nas salas de meditação conseguir a quietude da Mente (por dentro, por fora e no centro); nos diz que “a Mente deve ficar como um muro: absolutamente quieta”.
Bom, me dou conta que nas salas de meditação do Japão custa muito para conseguir o Satori, porém este dura tão só uns poucos minutos, no maior ou no menor dos casos, uma ou mais horas, depois do qual a Mente volta a estar tão agitada como sempre.
Saindo desse estado de felicidade, o discípulo apresenta-se ao Guru (ditoso e embriagado pelo Samadhi); claro, intervém o Guru para dar umas bofetadas e tirá-lo desse estado, e conseguir que se equilibre.
De outro modo, se diz em Zen puro, cairia na Enfermidade do Satori.
Claro está que é um estado de exaltação mística e quem nele estivesse a todas as horas do dia e da noite se esqueceria de que existe e perderia o equilíbrio em relação às coisas da existência, porém, com umas bofetadas bem dadas, o Guru os tira desse estado e ele se equilibra.
Isso tem um aspecto interessante, porém repito: ao voltar à vida prática, as pessoas voltam a estar outra vez no incessante “batalhar as antíteses”, nesta luta tão terrível dos opostos, características próprias do dualismo do entendimento.
Não há paz em uma Mente assim. Em uma Mente que não seja íntegra, Unitotal, não pode haver PAZ. Em uma Mente que não seja estritamente receptiva e não projetista, não pode haver Paz e nem Iluminação Contínua.
Se queremos algo mais, algo mais que se possa conseguir em uma sala de meditação Zen ou Chan, se queremos um despertar também da Mente, do Centro Mental, se queremos uma Mente receptiva para os intuitos que vêm de cima, do Céu de Urânia, uma Mente Iluminada… seria isto possível se permitíssemos que os agregados psíquicos continuassem existindo em nossa psique?
Será possível se damos ouvidos para as fofocas que alteram as Representações que carregamos em nosso entendimento?
Será possível se continuamos dando hospitalidade para as Representações Positivas ou Negativas?
A Chama de Ouro
Blavatsky em “ A Voz do Silêncio” tem uma frase que gosto muito: ‘antes que a Chama de Ouro possa arder com luz serena, a lâmpada deve estar bem cuidada, ao abrigo de todo vento, os pensamentos terrenos devem cair mortos à porta do Templo’.
Esta frase de Blavatsky em sua maravilhosa obra intitulada “A Voz do Silêncio”, é formidável, é maravilhosa.
Somente assim, digo, seria possível que de verdade a Mente ficasse quieta e em silêncio (por dentro, por fora e ao centro), não por um pouco de tempo e nem dentro de uma sala de meditação, mas de forma contínua.
Que é um Mestre do Samadhi? É alguém que goza de consciência contínua, alguém que conquistou a quietude e o Silêncio da Mente.
Conforme estudamos as distintas reentrâncias da Mente, vamos compreendendo também que a quietude e o silêncio total do entendimento não são possíveis enquanto a Mente esteja ocupada por tantos agregados psíquicos e pelas Representações.
Poderia objetar-se dizendo que existem Representações louváveis, claras, magnificas, tudo isso é aceitável, porém não é o importante em nós, o IMPORTANTE É O SER.
Não vejo porque temos que ter dentro de nossa Mente coisas que não são do Ser, não vejo porque temos que carregar na nossa Mente intrusos.
Compreendo que na Mente, somente deve estar o Ser, que a Mente deve converte-se em um templo onde oficia o Ser e nada mais que o Ser, isso é tudo.
Porém, enquanto esse Templo esteja cheio de estranhos, coisas, móveis, vitrines animais, representações, agregados, pode dizer-se que existe sonho profundo da Consciência.
Se há inconsciência tem que haver sonhos vagos, morbosos, nécios, incoerentes, imprecisos, etc…
“AO HOMEM SE CONHECE PELOS SEUS SONHOS” dizia Platão em seu livro. Realmente, a vida dos sonhos resulta importantíssima porque os sonhos de cada um dizem o que cada um é…
Ditoso o dia em que deixemos de sonhar, então as “baratas” que carregamos no cérebro se tornam pó; que todas essas incoerências absurdas não existam, que todos esses estados amorfos, vagos, imprecisos, insípidos, insubstanciais, inodoros não tenham existência de nenhuma classe; ditoso o dia em que já não sonhemos, em que deixemos de sonhar; quando um homem deixa de sonhar, triunfa!
Enquanto existam sonhos na Mente, enquanto vamos para o Espaço Psicológico para projetar sonhos imprecisos e absurdos, isto nos indica que vamos muito mal, isto nos indica que temos uma Mente cheia de muito lixo, de muita porcaria.
O verdadeiro Iluminado não tem sonhos (os sonhos são para os adormecidos); o verdadeiro Iluminado vive (nos mundos superiores, fora do corpo físico) em estado de vigília intensificada, sem sonhar jamais; o verdadeiro Iluminado depois da morte do corpo físico está desperto no Espaço Psicológico.
Assim, pois, reflitam na necessidade de chegar a Quietude e ao Silêncio da Mente.
Venho buscando cada vez mais informações sobre o despertar da consciência, e o caminho em que somos levados por nós mesmos a partir de tal busca. tenho visto muitas teorias e ensinamentos acerca do assunto, inclusive nos videos publicados pelo canal do gnosis Brasil. Estou me encaminhando para minha 1ª visita ao curso localizado na Tijuca-RJ, e confesso certa ansiedade para o encontro e prática de tais preceitos com a orientação de pessoas mais esclarecidas.
Infelizmente devo me atrever em dizer que discordo. Os sonhos tem um grande papel na vida do ser humano. Os sonhos são as vezes recheados de informações sobre as atividades atuais prevê as futuras.