O Mito Esotérico de São Jorge

O Mito Esotérico de São Jorge

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São Jorge de Anicii nasceu no século III d.C. na Capadócia (região hoje pertencente à Turquia) e foi capitão do exército do Imperador Diocleciano, até que este decidiu exterminar os cristãos. Jorge de Anicii, cristão de nascimento, enfrentou a decisão do Imperador, que fez com que fosse torturado e degolado no ano de 303 d.C.

Todavia, o que importa aqui não é a história do sacrifício de São Jorge, mas a lenda da sua luta contra do Dragão Negro. Antes, porém, é interessante analisar a etimologia do nome “Jorge”. Seu nome de batismo foi Georgius, que pode ter derivado de Geos(“Terra”) e Orge (“Cultivo”), ou seja, Terra de Cultivo. Mas Georgius também pode vir da junção das palavras Gerar (“Sagrado”) e Gyon (“Areia” ou “Luta”), ou seja, “Areia Sagrada” ou “Lutador Sagrado”.

É dito que a luta entre São Jorge e o Dragão Negro ocorreu na antiga Líbia (que significa “Coração do Mar”) para salvar a filha do rei, entregue como sacrifício ao dragão para proteção da cidade de Silena (“Prado Brilhante”). Interessante notar que o nome Silena nos recorda a deusa grega da Lua, Selene. Por isso, talvez, muitas vezes o Santo é retratado combatendo na Lua.

De todas as formas, o simbolismo da luta contra o dragão é muito profundo para o gnosticismo. Simboliza, num grau de compreensão, o Iniciado, o Adepto, lutando contra suas próprias forças inferiores, contra o Ego, o Eu Pluralizado, o “Mim mesmo”, o “Eu Satã”. Aqui podemos ver claramente o dragão simbolizando algo tétrico, abismal, pois sua vítima seria a Princesa, símbolo da nossa Consciência, da Alma Divina ou Espiritual.

São Jorge sempre está encima de um cavalo, o que representa o domínio sobre as emoções, sobre os pensamentos, enfim, sobre si mesmo. Controle pleno dos seus instintos, indicando sua Maestria. Recordamos do Cristo Jesus entrando na Jerusalém Celestial sobre um jumento, símbolo do domínio da Mente.

Sua arma, a Lança, nos recorda a Lança de Longinus que feriu o costado do Cristo. Também representa a Lança de Atena, a deusa protetora. É a nossa energia elétrica vital, profundamente sexual, sem a qual não é possível a decapitação do dragão negro dentro do Adepto. A força de sua Lança indica a castidade científica e sacrifício. Tem íntima relação com a Mãe Divina Interior de cada um(Devi Kundalini Shaktientre os indianos, Ísis entre os egípcios, Ishtar entre os babilônios, Coatlicue entre os astecas, entre outras Mães Divinas).

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Os loucos são ditos “lunáticos” (habitantes da Lua) e quando estamos divagando, as pessoas dizem que estamos no “Mundo da Lua”. A Lua aqui representa a Mente. Aquele que é dominado pela Mente (ou muitas “Mentes” de nosso interior) muitas vezes se comporta como um louco, sem razão, sem controle de seus atos. A batalha interior entre a Consciência (São Jorge) e o Eu Psicológico (Dragão Negro) ocorre no Mundo da Mente, pois os diversos agregados psíquicos são formas mentais que ali habitam.

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Até aqui fica a explanação de uma lenda com indicações esotéricas muito claras, todavia, alertamos que existem níveis e níveis de compreensão. O Dragão Negro simboliza coisas ainda mais profundas, pois tal entidade é a sombra da Luz.

Como diziam os antigos alquimistas, devemos “branquear o latão” através dos ensinamentos gnósticos que Samael Aun Weor nos entregou através de suas diversas obras (disponíveis na Seção Biblioteca da página da Gnosis Brasil).

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