A Lei Pêndulo e a Lei do Círculo
A humanidade, as nações, cada pessoa vive em maior ou menor grau pelo que podemos chamar de Lei do Pêndulo. Como um pêndulo que num determinado momento está pendendo para um lado e, em seguida, para outro lado, as pessoas num momento estão alegres, contentes, e em outras vezes estão deprimidas, tristes. Temos épocas de bem-estar e temos épocas críticas, seja na área econômica, social, familiar etc. Temos momentos de otimismo e temos momentos de pessimismos. É terrivelmente doloroso, mas vivemos sob a mecânica Lei do Pêndulo, a tese a antítese.
Assim também são as nações: num determinado instante vemos Roma crescer, florescer, alcançar seu apogeu imperial e, em outro momento, vemos Roma fracassar, ser derrotada continuamente até desaparecer como império, pois o pêndulo já apontava para outro lado, para os reinos feudais, que surgiam e cresciam em número. Muito antes, o Egito reinou como grande centro econômico, social, cultural e religioso do mundo conhecido enquanto os hebreus vagavam pelo deserto. Em momento posterior, o pêndulo mudou de direção e os egípcios perderam seu poder e prestígio enquanto os hebreus se organizaram e levantaram-se vitoriosos.
Como uma sístole seguida de uma diástole do coração, a personalidade de uma pessoa pode mudar (principalmente nos nativos da constelação de Gêmeos) e um bom amigo pode se tornar uma pessoa amarga ou indiferente para conosco. Em outro momento, essa mesma pessoa pode mudar novamente e voltar a ser um bom amigo (há que ter paciência).
Como aprender a manejar tal lei que a todos rege? Já dizia Tomás de Kempis em sua obra “Imitação de Cristo”: Não sou mais porque me elogiam, nem menos porque me vituperem, porque sempre sou o que sou”. Samael Aun Weor nos ensina que devemos viver não dentro da Lei do Pêndulo, mas sim dentro de um círculo fechado o qual ele chama de Círculo Mágico. Devemos nos imaginar – realmente imaginar – dentro de um círculo fechado, não importa o que ocorrer conosco, em qualquer momento da vida. Assim aprenderemos a ver as circunstâncias da vida de igual modo, veremos as situações da vida como um desfile contínuo de alegrias e tristezas, euforia e depressão, gargalhadas e lágrimas. Vemos as duas faces de uma mesma coisa, pois tudo na criação tem seu lado positivo e seu lado negativo. Há que aprender a se situar no meio, como ensinado há muito pelas doutrinas de Gautama Sakyamuni e de Krishna, o Cristo da Índia.
Por esse círculo vão passando todos os pares de opostos da Filosofia: as Teses e as Antíteses, as circunstâncias agradáveis e as desagradáveis, as épocas de triunfo e de fracasso, o otimismo e o pessimismo, o que chama “bom” e o que chamam “mau” etc. … O erro mais grave na vida é querer ver nada mais que uma face de qualquer questão, uma face de uma amizade, uma face de uma circunstância, uma face de um objeto qualquer, uma face de um acontecer. Isso é grave, pois tudo é duplo. (Samael Aun Weor)
Nos momentos de grandes tristezas, devemos nos imaginar dentro círculo e recordar que tudo passa e que bons momentos um dia chegaram, mais cedo ou mais tarde (conforme o Karma de cada um), sem fazer qualquer objeção, reclamação, choramingos etc. Quando estamos em momentos felizes, utilizar a imaginação e pôr-se no círculo fechado para recordar que tudo passa, e momentos ruins um dia nos alcançarão. Assim deve ser na profissão, com os amigos, com a família, com a situação econômica, com a saúde etc.
Todavia, isto não quer dizer que não devemos aproveitar os momentos felizes. Nada de pessimismos! Deve-se apenas ver as duas faces e conciliar os opostos sem se deixar levar como uma marionete. Isto é viver na Lei do Círculo. Esse é o caminho do despertar.
Desperta, Consciência, Desperta!
Esse e o caminho do despertar.
Só conseguimos transcender a dualidade através do equilíbrio.