Em toda palavra existe um valor externo e outro interno.
Os ignorantes ilustrados, que tanto abundam neste século, podem rir-se como idiotas do que desconhecem.
Essas pessoas supõem que nossos mantras são palavras sem valor algum e que sua energia se perde no espaço.
Eles ignoram o valor interno das palavras. Eles desconhecem a substância principal da palavra, e por isso se riem de nossos mantras.
Em toda palavra existe um valor externo e outro interno.
É precisamente o valor interno a substância principal da palavra. O elemento interno da palavra não se encontra compreendido dentro de nosso espaço tridimensional.
O elemento interno da palavra há que procurá-lo no espaço superior com dimensões superiores às nossas. Nosso espaço aparece diante de nós unicamente como uma parte do espaço superior.
Assim é como chegamos à conclusão de que nós não conhecemos todo o espaço.
O único que conhecemos é essa pequena parte que pode ser medida em termos de longitude, latitude e altura.
O elemento interno da palavra se processa geometricamente nas dimensões superiores do espaço. Assim é como com os mantras dados neste capítulo, podemos certamente formar uma estrela pentagonal, invisível para os olhos físicos, mas perfeitamente visível para o sexto sentido.
Nada sabem os cientistas sobre a quarta dimensão da matéria no espaço. Nada sabem sobre a hipergeometria desse tipo espacial de quarta dimensão.
Definir o espaço como a forma da matéria no Universo padece da deficiência mais grave, que é introduzir o conceito de matéria, do desconhecido, porque realmente a matéria continua sendo o desconhecido.
Todas as tentativas de definição física da matéria somente conduzem a um beco sem saída: X=Y, Y=X: Este é o beco sem saída dos físicos.
As definições psicológicas sobre a matéria conduzem também ao mesmo beco sem saída.
Um sábio disse: “A matéria (como a força) não nos dá nenhuma dificuldade. Entendemos tudo o que a ela se refere, pela razão muito boa de que nós a inventamos. Quando falamos de matéria pensamos em objetos sensíveis. Com o que nos custa trabalho tratar é com a mudança mental dos feitos concretos mais complicados”.
“Falando estritamente, a matéria existe somente como um conceito. Para dizer a verdade, o caráter da matéria, ainda que se fale dela somente como um conceito, é tão pouco óbvio que a maior parte das pessoas é incapaz de dizer-nos exatamente o que é que entendem por ela”.
Ninguém sabe realmente que coisa é matéria e, no entanto sobre esse conceito está fundada a escola conservadora e reacionária do positivismo materialista.
Ainda que os físicos não gostem, nós temos que afirmar que a matéria e a energia são palavras aceitas oficialmente para designar uma grande série de fatos complicados cuja origem substancial desconhece a ciência.
Quem viu a matéria? Quem viu a energia? Nós vemos unicamente fenômenos. Ninguém viu a matéria independentemente da substância. Ninguém viu a energia separada do movimento.
Assim, pois, com isto fica demonstrado que a matéria e a energia são unicamente conceitos abstratos. Ninguém vê a matéria separada do objeto. Ninguém vê a energia separada do movimento.
A matéria e a energia separadas das coisas e dos fenômenos são um mistério para o ser humano. O ser humano é subconsciente em noventa e sete por cento e consciente em três por cento. O ser humano sonha com os fenômenos da Natureza e os denomina matéria, energia, etc.
Antes que existisse o Universo, antes que existissem todos os fenômenos, existia a palavra. Realmente o Logos soa.
No amanhecer da Vida, o Exército da Voz celebrou os rituais do fogo cantando em língua sagrada. A Grande Palavra cristalizou-se em figuras geométricas que se condensaram mediante a Matéria Prima da Grande Obra, dando origem a todos os fenômenos da Natureza.
O mundo e a Consciência são realmente o resultado da palavra.
O espaço tridimensional é uma propriedade de nossa percepção material.
Quando melhoramos a qualidade das representações, melhora também a qualidade das percepções e entramos nas dimensões superiores do espaço onde o mundo tridimensional já não existe e somente fica em nossa memória como um sonho.
Realmente, o mundo que se apresenta diante de nossa Consciência é somente a mecânica de todas essas causas combinadas que dão origem a uma série definida de sensações.
Muito além do mundo e da Consciência se encontra a causa principal de toda existência. Esta é a Palavra. É o Verbo que cria mundos. “No princípio era o Verbo, e o Verbo era com Deus, e o Verbo era Deus”. Todas as coisas foram feitas por Ele; e sem Ele nada do que é feito, foi feito”. “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”. “E a luz nas trevas resplandece: mais as trevas não a compreenderam”.
O Verbo está plenamente simbolizado com a estrela de cinco pontas. Esta é a estrela flamígera. Com ela podemos defender-nos dos tenebrosos. Diante desta estrela maravilhosa tremem as colunas de anjos e demônios.
Trecho extraído do Livro “O Matrimônio Perfeito” de Samael Aun Weor
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