Inspiração e Intuição
A faculdade da inspiração permite-nos dialogar, frente a frente, com toda partícula de vida elemental. A faculdade da nossa inspiração permite que sintamos em nós mesmos o palpitar de cada coração.
Voltemos novamente, por um momento, ao exercício de imaginação com a roseira. Se depois de tudo, se concluída a meditação no processo de nascer e morrer da roseira, desaparecidas a lenha, as pétalas, queremos ainda saber de mais alguma coisa, precisaremos da faculdade da inspiração.
A planta nasceu, deu frutos, morreu e depois de tudo o que acontece? Necessitamos da inspiração para saber qual é o significado desse processo de nascer e morrer de todas as coisas. A faculdade da inspiração é ainda mais transcendental e necessita de um gasto maior de energia.
Trata-se de deixar de lado o símbolo sobre o qual estivemos meditando (a roseira) para tratarmos então de capturarmos o seu significado interior. Para isso, precisa-se da faculdade emocional. O centro emocional vem, portanto, a valorizar o trabalho esotérico da meditação porque nos propicia a faculdade da inspiração. A seguir, inspirados, conheceremos o significado do nascer e do morrer de todas as coisas.
Com a imaginação, podemos verificar a realidade da quarta vertical, porém a inspiração permitirá que apreendamos seu significado profundo.
Por último, além da faculdade da imaginação e da inspiração, teremos de chegar às alturas da intuição. Assim, pois, imaginação, inspiração e intuição são os três degraus da Iniciação.
A intuição é algo diferente. Voltemos ao exemplo da roseira. Indubitavelmente, com o processo da imaginação, durante o exercício esotérico transcendental, vimos diversos processos: vimos como a roseira cresceu, como floriu e por último como morreu e se converteu num monte de lenha. A inspiração permite que saibamos o significado de tudo isso, mas a intuição nos levará à realidade espiritual de tudo.
Através dessa preciosa faculdade superlativa, entraremos num mundo de uma espiritualidade singular e nos encontraremos face a face com o elemental visto com a imaginação, o elemental da roseira. Ainda mais, nos encontraremos com a chispa virginal, com a mônada divina, com a suprema partícula divina da roseira. Entraremos num mundo onde estão os Elohim Criadores citados na Bíblia hebraica ou mosaica. Veremos a todas as hostes criadoras do Exército da Palavra, isto é, teremos achado o Demiurgo Criador do Universo.
É a intuição que nos permite conversar frente a frente com os Arcanjos, Tronos… e com isto já não será para nós, uma mera especulação ou crença, senão como uma realidade palpável, manifesta. A Intuição nos poderá permitir o acesso às regiões superiores do Universo e do Cosmo.
Por meio da Intuição poderemos estudar Cosmogênese, Antropogênese etc. A intuição nos permitirá penetrar nos Templos da Fraternidade Universal Branca, nos Templos dos Elohim, Praja-patis,(PRAJA-PATIS) Kumarás ou Tronos. A Intuição nos permitirá conhecer a gênese do mundo.
Com a Intuição poderemos assistir à própria Aurora da Criação; saber, não pelo que haja dito a alguém senão por via direta como surgiu este mundo do caos em que forma foi criado ou de que maneira surgiu dentro do concerto dos mundos.
A Intuição nos permitirá saber em forma específica e direta o que não sabem os brilhantes intelectos da época.
(Samael Aun Weor, livro Mente e Meditação)