PISTIS SOPHIA

Em 1773, no Egito, foi descoberto um antigo manuscrito copta que foi adquirido pelo colecionador inglês Anthony Askew. Após sua morte, em 1795, o Código Askew (ou “CodexAskewianus”) –como ficou conhecido o manuscrito primeiramente – foi levado para o Museu Britânico, onde está conservado deste então e foi objeto de estudo de diversos pesquisadores.

Esse manuscrito de autoria desconhecida é também chamado de “O Livro do Salvador” e “A Doutrina Secreta do Salvador”, mas ficou notoriamente conhecido como “Pistis Sophia”. E o que há de tão especial nesta obra, possivelmente datado do século III d.C.?

Samael Aun Weor explica que Pistis Sophia “foi encontrada em solo do Egito (a pá dos arqueólogos encontrou-se com o papiro). A mesma foi traduzida, corretamente, para distintos idiomas. Desafortunadamente, veio em chave. Nós estamos desvelando-a para o bem da humanidade. A Pistis Sophia contém os Ensinamentos que Jesus de Nazareth deu a seus discípulos no Monte das Oliveiras”.

Na grandiosa obra, conta-se que, após Jesus ressuscitar dos mortos, passou onze anos discorrendo com seus discípulos, instruindo-os sobre ensinamentos não revelados até então sobre os Vinte e Quatro Mistérios apresentados através da jornada de Pistis Sophia, uma figura feminina que personifica o princípio anímico de cada um de nós.

Em grego, a palavra “pistis” pode significar tanto “harmonia” quanto “confiança” e “poder”. Com a tradução do Novo Testamento para o latim, “pistis” se tornou “fides”, isto é, simplesmente “fé”. Como “fides” não possui verbo surgiu a expressão “ter fé” ou “crer”. Em última síntese, podemos dizer que “Pistis” é estar em harmonia com o seu próprio Deus Íntimo, e quem está em harmonia com Deus possui o verdadeiro Poder (o mesmo que permite mover montanhas…), também conhecido como Fé Consciente ou Fé Solar.

Samael Aun Weor ensina que Sophia é a Sabedoria do Fogo que resplandece no Caos e, por isso, é dito que a “Luz sai das Trevas” e “o Cosmos sai do Caos”. Tal princípio inicia sua jornada da região do Aeon 13, a mais alta, desce pelos 12 Aeons e cai nas mãos do terrível Obstinado (representação das forças negativas residentes dentro de cada um) e é despojada de seus poderes. Todavia, graças aos esforços do Cristo – o Deus Íntimo que deve nascer e se desenvolver em nosso próprio interior –, representado por Jesus, Pistis Sophia inicia sua jornada de liberação (salvação) de volta para o Aeon 13, o Absoluto, após grandes esforços.

“Nós necessitamos entregar à humanidade a Pistis Sophia, a Doutrina Secreta do Nazareno, os Volumes Secretos do Cristo, devidamente desvelada e explicada. Dessa forma, a humanidade irá RECEBER O EVANGELHO CRÍSTICO, a doutrina completa, que se conservou em segredo durante 20 séculos.”

“Estou seguro que será benéfico para todo o mundo cristão, porque se conhecerá melhor a palavra do Mestre”.

Após essas palavras, Samael Aun Weor entregou a obra Pistis Sophia Desvelada, sintetizando todo o conhecimento gnóstico que já havia entregue. Infelizmente, deixou seu corpo físico antes de terminar a extraordinária empreitada, desvelando até o capítulo 91.

De extrema importância para o gnosticismo universal, em Pistis Sophia se revelam Mistérios que residem em nosso próprio universo interior. Não somente, mostra que é através de um trabalho interior, através do Salvador (personificação da doutrina Crística esotérica), que libertaremos nossa Pistis Sophia das garras de nossos próprios defeitos psicológicos, que tanto nos aprisionam na vida comum e corrente e nos lançam nas trevas da ignorância.