Trabalho Esotérico Gnóstico
O Trabalho Esotérico Gnóstico relaciona-se com as mudanças internas e conscientes que deve realizar um estudante, com mente clara e aberta à comprovação sobre sua realidade interior.
Para iniciar uma mudança real e séria em nós mesmos, é indispensável que conheçamos as leis do Trabalho Esotérico Gnóstico, segundo as quais é necessário trabalhar de forma ordenada e progressiva sobre os diferentes centros da máquina orgânica, mudanças que se traduzirão nos centros:
- Intelectual;
- Emocional;
- Motor (Institivo-sexual).
Começando de zero, reconhecendo nossa nulidade interior e a grande quantidade de elementos a eliminar.
Sem dúvida, não poderíamos trabalhar sobre Si Mesmos com a intenção de dissolver tal ou qual Eu sem tê-lo observado previamente. Necessitamos conhecer a nós mesmos antes de poder conhecer aos demais. Se nos colocamos no lugar dos demais, descobrimos que os defeitos psicológicos que a outros apontamos, os temos sobrando em nosso interior.
A crueldade continuará existindo sobre a face da terra, enquanto não tenhamos aprendido a colocar-nos no lugar dos outros. Mas, se não temos o valor de nos ver a nós mesmos, como poderíamos colocar-nos no lugar dos outros?
Nos cai muita antipática determinada pessoa? Por que motivo? Talvez bebe? Observemo-nos… Estamos seguros de nossa virtude, estamos seguros de nossa virtude? Estamos seguros de não carregar em nosso interior o Eu da embriaguez? Melhor auto-observar-nos interiormente e descobrir tudo aquilo que há em nosso interior. O próprio fato de que o trabalho esotérico comece com a rigorosa observação de si mesmo, nos está indicando uma multiplicidade de fatores psicológicos, Eus, elementos inumanos que é preciso erradicar de nosso interior.
Este tipo de trabalho não é externo, senão interno e quem pensa que qualquer manual de urbanidade ou sistema ético e superficial pode lhes levar ao êxito, estão de fato totalmente equivocados.
Falando francamente e sem rodeios, asseveramos de forma enfática o seguinte: Nenhum ser humano poderia fazer este trabalho por nós. Não é possível mudar algo em nossa psique, sem a observação direta de todo esse conjunto de fatores subjetivos que levamos dentro.
Admitir a pluralidade do Eu e evidenciá-lo através da observação rigorosa, sem escapatórias de nenhuma espécie, mediante um esforço rigoroso, nos leva pois a evidenciar que não somos “UM”, senão “MUITOS”.
Conhecimento e compreensão são diferentes. O primeiro destes é a mente o segundo o coração. O mero conhecimento da doutrina dos muitos Eus de nada serve; desafortunadamente, nestes tempos em que vivemos, o conhecimento tem ido muito mais além da compreensão, porque o pobre animal intelectual equivocadamente chamado homem, desenvolveu exclusivamente o lado do conhecimento esquecendo lamentavelmente o lado do Ser.
O que um Eu determinado afirma em um dado momento, não pode revestir de seriedade devido ao fato concreto de que qualquer Eu pode afirmar exatamente o contrário em outro momento.
Há pessoas que por qualquer instante de sua existência vêem aos estudos Gnósticos, resplandecem com a força de seu anelo, se entusiasmam pelo trabalho esotérico e até juram consagrar a totalidade de sua existência a estas questões. Sem dúvida, o idílio não dura muito tempo, qualquer dia, devido a tal ou qual motivo justo ou injusto, simples ou complicado, a pessoa se retira da Gnosis, então abandona o trabalho, ou trata de justificar-se a si mesmo, se afilia a outra organização mística e pensa que agora vai melhor.
Há pessoas que por um momento se somam ao trabalho esotérico e logo em um instante em que outro Eu intervém, abandona o trabalho e definitivamente os estudos e se deixa tragar pela vida. Obviamente, se a pessoa luta contra a vida, esta o devora. Raros são os aspirantes que de verdade não se deixam tragar pela vida. O normal é que alguém se entusiasme pelo trabalho e logo o abandone, o estranho é que alguém não abandone o trabalho e chegue à meta.
No trabalho esotérico, não podemos dar-nos ao luxo da versatilidade, esses que têm idéias caprichosas, esses que hoje trabalham sobre si mesmos e amanhã se deixam tragar pela vida, esses que buscam evasivas, justificativas, para abandonar o trabalho esotérico, degenerarão e involucionarão. Alguns adiam o erro para amanhã, enquanto melhora a situação econômica, sem levar em conta que o experimento solar é algo muito distinto quanto ao seu critério pessoal e seus concebidos projetos.
Sem dúvida, a pequena margem que temos do livre arbítrio e o ensinamento gnóstico orientado até o trabalho prático poderia servir-nos de base em nossos nobres propósitos relacionados com o experimento solar.
O trabalho sobre si mesmo, se refere de forma enfática aos diferentes estados psicológicos da consciência. Se é que de verdade desejamos mudar, necessitamos com urgência máxima, modificar esses estados de consciência. Quem não trabalha sobre si mesmo é sempre vítima das circunstâncias.
Em tal sentido deve iniciar-se uma ordem de trabalho da seguinte maneira:
- No Centro Intelectual;
- No Centro Emocional;
- No Centro Instintivo-Motor;
- por último no Centro Sexual.
Antes de tudo, é necessário conhecer as leis do trabalho esotérico gnóstico, se é que em realidade queremos uma mudança total e definitiva.
Em nome da verdade, diremos que se por alguma parte devemos começar a trabalhar sobre si mesmos, tem que ser com relação à mente e ao sentimento.
Seria absurdo começar a trabalhar pelo centro motor por exemplo, como sabemos se relaciona com os hábitos, costumes e ações do centro. Obviamente, seria começar por um faquirismo absurdo.
Lembremos que o primeiro centro é o Intelectual, o segundo o Instintivo, o terceiro o Emocional, quarto o Motor, o quinto o Sexual, existe um sexto que é o Mental Superior e um sétimo, o Emocional Superior.
Se começamos pelos centros inferiores da máquina orgânica, caímos em um erro. Antes de tudo, nestes estudos, devemos começar pelo centro Intelectual e Emocional. Necessitamos mudar nossa forma de pensar, do contrário marcharemos pelo caminho equivocado.
Do centro intelectual surgem diversos pensamentos provenientes dos distintos Eus que levamos dentro. Pensamentos negativos existem de distintas espécies: suspeita, desconfiança, má vontade, ódio, vingança, luxúria, adultério, etc. Quanto mais nos identificamos com os pensamentos negativos, mais escravos seremos do correspondente Eu que o caracteriza.
Aqui no ensinamento gnóstico, se dão muitos exercícios esotéricos, se orienta doutrinariamente, porém se não mudamos a forma de pensar, de que serve tudo o que aqui se dá? Se recebemos o ensinamento e o incorporamos na antiga forma de pensar, estamos enganando a nós mesmos.
Necessitamos preparar recipientes para receber o vinho do ensinamento gnóstico. Para o vinho novo, Odre novo se necessita.
Igualmente, é impossível transformar-nos se possuímos dentro de nós emoções negativas, que não nos permitem uma mudança profunda, é impossível transformar-nos se dentro continuamos com todas essas emoções negativas. Devemos então erradicar todas essas emoções prejudiciais em todo sentido. O exterior é o reflexo do interior. A mudança de nosso centro emocional, se realiza através de uma mudança de nossa maneira de sentir.
Em nosso centro motor se encontram todos esses velhos hábitos, costumes, que é necessário que observemos e reavaliemos. Uma mente decrépita, cheia de hábitos de 20 ou 30 anos não está preparada para receber o vinho da Gnosis.
Perguntem-se a vocês mesmos: Para que vim? Com que objetivo recebemos o ensinamento? De verdade nasceu o anelo de mudar, e continuando com seus velhos hábitos de pensar, de sentir e de atuar simplesmente, nos estamos auto-enganando.
Se nós, de verdade, compreendemos tudo isto, e começamos a mudar nossa forma de pensar e sentir, logo se refletirá em nossas ações. Uma vez mudado sua forma de pensar, sentir e de atuar, então estamos perfeitamente prontos para trabalhar com os mistérios do sexo. As pessoas que não mudaram suas velhas formas de pensar, seus velhos hábitos, são vítimas de emoções negativas e não compreendem os mistérios do sexo e o profanam.
Dentro do trabalho esotérico gnóstico a vida prática é uma escola maravilhosa, na inter-relação com as demais pessoas, chegam a aflorar e podemos descobrir Eus que em nosso interior carregamos.
Oração no Trabalho.
Observação, juízo e execução são os 3 fatores básicos na dissolução. Primeiro se observa, segundo se julga e logo se executa.
Na inter-relação existe auto-descobrimento e auto-revelação, quem renuncia à convivência com os semelhantes, renuncia também ao auto-descobrimento.
Qualquer incidente por insignificante que seja, tem por causa um autor íntimo, agregado psíquico ou um Eu. O auto-descobrimento é possível quando estamos em Alerta Percepção, alerta novidade.
Qualquer evasiva, justificativa, deve ser eliminada, se é que de verdade queremos fazer-nos conscientes do Eu que queremos estirpar de nossa Psique.
A oração no trabalho é fundamental para a dissolução. Orar é conversar com Deus. Nós devemos aprender a apreciar o Deus-Mãe dentro de nós, em nossa intimidade, se é que de verdade queremos sair de nossa miséria interior. Quem não ama sua mãe, o filho ingrato, fracassará no trabalho sobre si mesmo.
Todos os povos antigos adoram a Deus-Mãe, no mais profundo de seu Ser. O princípio feminino do eterno é Ísis, Maria, Tonantzin, Rea, Cibeles, Adonia, etc.
Este é um resumo do tema em menção. Em continuação se especifica a bibliografia que servirá de guia para ampliar o estudo particular e individual.
Didática do autoconhecimento – Cap. 2
Psicologia revolucionária – Cap. 22, 17.
Bom dia, gostaria de saber se este texto é do V.M. Samael Aun Weor. Se sim onde inicia e onde termina a citação e de que livro é? Se não, qual o nome do autor ? Obrigado
Sim, é do Samael. No final do texto tem o livro e capítulo da citação
Bom dia.
Lindo texto é um crescimento espiritual para o resto da vida.
Um feliz Natal a todos vocês que fazem a família Gnóstica.
Um 2021 cheio de Amor, saúde, paz e prosperidade.
São os votos da aluna à distância.
Gratidão
Rogéria.