Auto-observação – O Que é?
De acordo com a Psicologia Esotérica Gnóstica, o único meio, caminho ou via para conhecer-se a si mesmo é mediante a Auto-observação já que ela nos conduz até o auto-descobrimento.
A observação de si ou auto-observação, é atenção dirigida intencionalmente para dentro de si mesmo, para o que está acontecendo em nosso interior, o que exige um esforço pessoal, muito particular de cada um de nós.
Observar-se a si mesmo é urgente, inadiável, impostergável. A auto-observação íntima é fundamental para a transformação verdadeira.
Qual é seu estado psicológico ao levantar-se? Qual é seu estado de ânimo antes do café da manhã? Esteve impaciente com o empregado, com a esposa?
A vida cotidiana, a profissão, o emprego, mesmo que vitais para a existência, constituem o sonho da consciência.
Saber que a vida é um sonho não significa tê-la compreendido. A compreensão vem com a auto-observação e o trabalho sobre si mesmo.
Para trabalhar sobre si é indispensável trabalhar sobre sua vida diária, hoje mesmo, e então compreenderá o que significa aquela frase da oração do Senhor: “Dai-nos o pão nosso de cada dia”. A Gnosis dá esse pão de vida nesse duplo sentido de idéias e forças que nos permitem desintegrar erros psicológicos.
A Gnosis ensina o Modus Operandi mediante o qual se pode ser assistido por forças superiores à mente.
Necessitamos preparar os centros inferiores de nosso organismo para receber as idéias e forças que vêm dos centros superiores.
O ponto de partida da ciência oficial em seu lado prático é a observação, é o observável. O ponto de partida do trabalho sobre si mesmo é a auto-observação, o auto-observável. Sem dúvida, dois pontos de partida que levam a direções completamente diferentes. A observação está orientada para fora, para o mundo exterior, através de nossas janelas dos sentidos.
Na auto-observação de si mesmo, a atenção está orientada para dentro, e para isso os sentidos de percepção externa não servem, motivo mais que suficiente como para que seja difícil ao neófito a observação de seus processos internos.
A observação é um meio para modificar as condições mecânicas do mundo. A auto-observação é um meio para mudar interiormente. Nos encontramos ante dois mundos, o exterior e o interior. O primeiro destes é percebido pelos sentidos de percepção externa, o segundo podem ser pensamentos, idéias, emoções, anelos, esperanças, desenganos ordinários, comuns e correntes e sem dúvida são para nós mais reais que a mesa, sofá e os móveis da sala. Se a pessoa de verdade quer chegar a conhecer-se a si mesmo, deve começar por observar sua própria conduta, ante os diversos acontecimentos de qualquer dia da vida.
Observar nossas reações mecânicas ante os pequenos detalhes do quarto, sala de jantar, rua, trabalho, etc., o que se diz, sente e pensa, é o mais indicado.
O importante é ver logo como ou de que maneira pode modificar essas reações. Porém, se cremos que somos boas pessoas, que nunca nos comportamos de forma inconsciente e equivocada, nunca mudaremos.
Quando nos auto-observamos e não fazemos o que tal ou qual Eu quer, é claro que começamos a deixar de ser máquinas.
A auto-observação está fundamentalmente dirigida da seguinte forma:
- O que pensamos? Como pensamos? Por que pensamos de determinada forma?
- O que sentimos? Como sentimos? Por que sentimos dessa forma?
- O que fazemos? Como e por que atuamos de determinada maneira?
Certamente em cada dia de nossa existência existe repetição de eventos, estados de consciência, palavras, desejos, pensamentos, volições, etc. É óbvio que quando a pessoa não se auto-observa não pode perceber a incessante repetição diária. É evidente que quem não sente interesse algum por auto-observar-se tampouco deseja trabalhar para conseguir uma verdadeira transformação.
A auto-observação de si mesmo é uma maneira para conseguir uma transformação radical.
Necessitamos ver os distintos Eus em ação, descobri-los em nossa psique e compreender que dentro deles existe uma porcentagem de nossa própria consciência, arrepender-nos de tê-los criado.
Qualquer situação adversa oferece oportunidades para auto-descobrir-nos; desafortunadamente, as pessoas querem fugir das situações adversas e protestam em vez de dar graças por tão brilhantes situações.
É claro e não é difícil compreender, que quando alguém começa a observar-se a si mesmo seriamente, desde o ponto de vista que não é “um” senão “muitos”, começa realmente a trabalhar sobre tudo isso que carrega dentro.
Os seguintes defeitos psicológicos são um obstáculo ou tropeço para o trabalho da auto-observação íntima:
Mitomania – Delírio de grandeza, crer-se um Deus. Não nos permite ser humildes e reconhecer nossa própria nulidade interior.
Egolatria – Crença de um Eu permanente, adoração de qualquer espécie de Alter Ego. Desenvolvimento de agregados de tipo narcisista. Autoconsideração, auto-louvor. Geralmente, que ao não ser satisfeita, se desenvolve com susceptibilidade e irritabilidade.
Paranoia – Sabichonice, auto-suficiência, envaidecimento, crer-se infalível, orgulho místico.
Quem se crê um, nunca será capaz de separar-se de seus próprios elementos indesejáveis. Considerará a cada pensamento, desejo, emoção, paixão, afeto, etc., como funcionamentos diferentes, imodificáveis de sua própria natureza, e até se justificará ante os demais dizendo que tais ou quais defeitos pessoais são de caráter hereditário.
Quem se identifica com os diversos acontecimentos do Eu pluralizado, é sempre vítima das circunstâncias. Como poderia modificar as circunstâncias aquele que não tem observado nunca a si mesmo? Como poderia então conhecer a si mesmo?
É necessário evidenciar, experimentar e compreender, isto é o fundamental, só assim é possível trabalhar consciente para conseguir uma mudança radical.
Se quiser se aprofundar neste assunto seguem sugestões de livros que podem ser baixados gratuitamente em nossa biblioteca CLIQUE AQUI
Bibliografia:
Grande Rebelião – Cap. 25.
Mensagem de Natal 64/65 – Cap. 6.
O despertar do homem – Cap. 3, 4, 12.
Curso esotérico de Kabala – Cap. 15.
Cristo Cósmico e a Semana Santa
Felicidade mediante a meditação superior – 2ª parte.
Didática do autoconhecimento – Cap. 4, 6, 7.
Mensagem de Natal 68/69 – Cap. 32.
Para os poucos
Psicologia revolucionária – Cap. 13, 14, 15, 17, 18, 20, 21, 29, 31, 32.
Muito gratificante ter acesso a um texto dessa natureza. Máravilhoso! Grata pela oportunidade
Concordo plenamente que para trabalhar sobre si é indispensável a auto observação constante e diária.
Sou muito grata a gnosis por todo conhecimento e mudança interior.
Excelente texto e site, parabéns!
Grata por envio deste texto, muito esclarecedor, realmente a Gnosis é a incessante busca do conhecimento para se autoconhecer, se observando e se auto-observando. Gratíssima.
obrigado pela oportunidade de estar fazendo parte desse conhecimento tão maravilhoso
É de suma importância que tenhamos autodomínio de nós mesmos para entender o mundo que foi nos presentiado.
Gratidão