Integração do Ser – Parte II

Integração com o Ser – Parte II

Leia também a Parte I: Integração do Ser – Parte I.

Ao citar: “A Integração do Ser”, produto dos esforços centrais sobre si mesmos, devemos refletir um pouco. Realmente, nosso Ser interior profundo não está integrado; se compõe de muitas partes autônomas e autoconscientes.

Nas Sagradas Escrituras se fala precisamente dos Doze Apóstolos. Quando as pessoas leem a Bíblia tomam aos Doze Apóstolos na letra morta; se diz que eram pescadores que seguiam a Jesus de Nazaré, O Cristo.

Mas o Iniciado que está trabalhando sobre si mesmo, de forma direta, sobre seu próprio Ser, descobre a esses Doze Apóstolos, a esses doze pescadores. E o grave é que não os descobre fora de si mesmo, senão dentro de si mesmo! Vem o assombro ao perceber que esses Doze Apóstolos são doze partes do seu próprio Ser.

Se sairia um pouco fora da questão meramente histórica e atende melhor o Evangelho sobre si mesmo.

São as doze Potestades que, com a Iniciação Venusta, penetram ao ventre da Divina Mãe Kundalini, para vir um pouco mais tarde à existência física. E isso resulta importantíssimo.

Quando se fala de vinte e quatro Anciãos do Apocalipse de São João que jogam suas coroas aos pés do Cordeiro, há que saber entender. Tampouco são personagens estranhos à nós mesmos. São vinte e quatro partes autônomas e autoconscientes de nosso próprio Ser.

E quando se menciona os Quatro Santos, há que sabê-lo entender. Os Quatro Devarajas não estão somente lá nos quatro pontos cardeais da terra, estão dentro de nós mesmos, e têm poder sobre os quatro elementos.

E quando se fala do Cordeiro Imolado que lava os pecados do mundo, não pensemos no personagem histórico de há 1977 anos. Não nego a existência do Grande Kabir, Jeshua Ben Pandira, seria absurdo negá-lo, posto que Ele é o autor da Pistis Sophia. É, pois, histórico.

Mas pensemos nesse  Jeshua interior, ao qual faz tanta alusão Paulo de Tarso, Jesus Cristo Íntimo, ao Logos humanizado. O Raio Logoico que cada um de nós possui, penetra no ventre materno de Divina Mãe Kundalini Shakty para advir mais tarde a manifestação pela Iniciação Venusta.

Devemos recordar que o Logos não é um indivíduo humano ou Divino; se equivocam os que pensam assim. O Logos é a Unidade Múltipla Perfeita.

 

Cada um de nós tem seu raio Logoico, por assim dizer, seu Cristo Íntimo, que quando se humaniza no ventre Materno se converte no Jesus Cristo Íntimo. Jesus significa “Salvador”.

O Cristo, Christus ou Vishnú ou Osíris, é nosso raio Logoico. Paulo de Tarso fala muito de Jesus Cristo, não se referia a Ele como personagem histórico, senão ao Jesus Cristo Interior de cada um de nós. A esse mesmo se referia sempre sabiamente.

Aquele homem maravilhoso e santo que escrevera seu caminho espiritual, aquele famoso irmão de Fray Molina. Obviamente, esse homem morreu mal, no calabouço da Inquisição, escreveu Imitação de Cristo que tem mais sabor, diríamos Nirvânico que Dogmático.

Assim que, irmãos, esse Jesus Cristo Íntimo é o que conta. Se um iluminado invoca de verdade nos mundos de Consciência Cósmica a Jeshua Ben Pandira, Ele fará este cumprimento sinalizando o coração, dizendo:

Jesus

Busque-me aqui dentro”, “Busca o Cristo aqui dentro”. 

Porque Jeshua Ben Pandira veio trazer a Doutrina do Cristo Íntimo, da mesma forma de Gautama o Buda Sakyamuni trouxe a Doutrina do Budha Interior.

Assim, meus queridos irmãos, quero que reflitam no que significa tudo isso.

Quando se fala também de um grande místico que se chamava Santiago, o apóstolo, se deve compreender o Mercúrio da Filosofia Secreta. O próprio representante do Mercúrio é uma das doze potestades mais importantes que levamos em nosso interior: é Santiago, o Maior, é o Bendito Patrão da Grande Obra, é o que nos ensina a ciência maravilhosa da Grande Obra.

O Pai de todas as Luzes é o Ancião dos Dias (cada um de nós tem seu Ancião) e por meio de Santiago, o Maior, nos ensina a ciência Bendita.

Quando se fala de Felipe, não se pense somente em Felipe, o apóstolo, aquele que batizou o eunuco na orla de um rio ou de uma fonte, aquele maravilhoso personagem aparecia e desaparecia como por encanto, que viajava pelos ares e que assombrava os povos. Pense também no Felipe interior que cada um de nós carrega. É óbvio que se o invocamos com pureza de coração e rogamos que nos tire do Corpo Físico e nos leve pela região suprassensível do eterno espaço, seremos assistidos por ele.

Samael Aun Weor

2 comentários em “Integração do Ser – Parte II”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima