Todas as antigas tradições e filosofias arcaicas indicam que no princípio havia o Insondável Absoluto, causa e origem de toda existência ou criação. Este Absoluto foi chamado de várias formas através dos tempos, por exemplo:
– Agnostos Theos (Ἄγνωστος Θεός): Significa Deus Desconhecido, no grego antigo.
“A divindade suprema gnóstica é caracterizada como Agnostos Theos, o espaço abstrato absoluto, o Deus ignorado ou desconhecido, a realidade una, da qual emanam os Elohim, na aurora de qualquer criação universal.” – Samael Aun Weor
– Aeon Teleos ou Bythos: Em muitos sistemas gnósticos cristãos, os Aeons são várias emanações de um deus superior, que também é conhecido por nomes como Aeon Teleos (grego: “O Perfeito Aeon”), Bythos (grego: Βυθος – ‘profundidade’) e Pai Inefável.
– Summum bonum, do Latim ‘o bem maior’, é uma expressão usada na filosofia medieval e na filosofia de Emmanuel Kant, para descrever a importância máxima, o bem maior que o ser humano deve buscar.
– Paranirvana segundo o hinduísmo e a Teosofia, é um estado de nirvana profundo. De forma que durante um Mahapralaya (grande dissolução), tudo permanece inativo, em um estado de felicidade que é o Paranirvana (além do nirvana).
“Até ao tempo da escola yogacharya, ensinava-se publicamente a verdadeira natureza do Paranirvana; porém, desde então, passou a ser completamente esotérica e, portanto há a seu respeito tantas interpretações contraditórias. ” H.P. Blavatsky
“Recorde-se que “PARANISHPANA” é o Summum Bonum, o absoluto, portanto, o mesmo que PARANIRVANA.” … “Mais tarde, tudo quanto ao parecer existe neste universo virá a ter real existência no estado de Paranishpana.” – Samael Aun Weor
– Paramatman: Além do Atman (Ser), nos Vedantas Hindus, corresponde ao Ser primordial, absoluto, além de toda individualidade.
“Mais tarde é ostensível que devemos alcançar a Sobre-Individualidade se é que realmente aspiramos à liberação final.” – Samael Aun Weor
– O Todo:
Nos antigos Upanishads hindus podemos encontrar:
“Aquilo é o Todo, isto é o Todo. O Todo surge do Todo. Quando tiramos o Todo do Todo, o Todo permanece.”
– Tao: A realidade última, segundo os tratados de Lao Zi (China antiga):
“O Tao de que se pode falar não é o verdadeiro e eterno Tao.
O nome que pode ser dito não é o verdadeiro nome.
O que não tem nome é a origem do Céu e da Terra
E o nomear é a mãe de todas as coisas.” – Tao Te Ching
Todos estes nomes referem-se a mesma força cósmica e universal que podemos chamar de Deus, um princípio vivente e imutável que está além da mera compreensão do pensamento. Sua realidade só pode ser captada através de um estado de consciência elevada que os antigos chamaram de várias formas como Jnana, Daath, Gnosis ou Nous (de Noesis), que significa em síntese Conhecimento Direto.
Segundo o V M Samael Deus é Deuses. O absoluto é uno e fragmentado (cada um de nós tem um ser que é um átomo do absoluto) por isso se diz que Deus é Unidade Múltipla Perfeita. A nossa solidão espiritual só acabará quando a consciência despertar . Graças infinitas às dádivas dos momentos em que se recebe inquietudes espirituais do ser (= misericórdia das misericórdias) .