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O Álcool e a adolescência

O Álcool e a adolescência

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A adolescência é vista como um período de transformações, questionamentos, descobertas, experimentações. Para muitos, é considerada a melhor fase da vida, onde nos distanciamos de certezas infantis e assumimos novos papéis na sociedade. E neste turbilhão de novidades, eis que surge, para muitos jovens, o primeiro contato com as drogas e com o álcool.

Sobre as drogas e seus efeitos, cada qual tem seus conceitos, mas por serem consideradas ilícitas, governo e sociedade tendem a posicionar-se de forma mais crítica. Porém, o álcool disfarçado com vários sabores, cores, aromas parece uma unanimidade e o encontramos tanto nos cálices de cristal quanto no copo descartável dos bares de esquina.

É uma droga lícita, que movimenta a economia, gera impostos e agrada tanto pobres quanto ricos. Entender as motivações dos adolescentes em consumi-la, refletir sobre seus efeitos físicos e psicológicos e buscar maneiras para diminuir ou erradicar o consumo na adolescência, é o primeiro passo para mudar a banalização do consumo, que pode ocasionar dependência, mortes no trânsito, problemas familiares, transtornos emocionais, enfermidades físicas, dificuldades laborais, etc.

Mas o que motiva o consumo? O que move os adolescentes a fazer do álcool seu motivo de alegria? Por que beber todo o final de semana? A necessidade de ser aceito(a) no grupo, a euforia ou a tristeza, a busca do prazer, o machismo, o falso conceito de felicidade e a vaidade podem ser alguns dos motivos que incitam o consumo cada vez mais cedo. Além disso, podemos citar como causas que levam ao consumo do álcool: a mídia, os exemplos, as músicas. Mas o que realmente falta? Nada de novo, mas algo bem antigo: valores! Falta a sensibilização e a conscientização dos males que o álcool traz consigo, falta o diálogo, falta comprometimento de governos e sociedade civil e, claro, faltam exemplos!

Temos que mudar nossa forma de perceber o álcool e vê-lo como realmente é: depressor do sistema nervoso, um problema social e, às vezes, um caso de saúde pública. Acreditar que é normal que um jovem se embriague aos finais de semana é um erro bastante comum, porém grave! Interessante é permitir que estes jovens experimentem a arte, a expressividade, o diálogo, a compreensão, o respeito à natureza, percebam um sentido pessoal e comunitário mais amplo, despertando novos valores a fim de não tornarem a droga como o único refúgio ou momento de alegria.

Clarice Duarte Gonçalves

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