Terapia Musical – Parte III
As distinas culturas Serpentinas usaram a música em expressões sublimes, o canto e a dança para induzir ao Êxtase e à Contemplação.
Os Dervixes Dançantes Sufis logram um maravilhoso nível anímico mediante danças e cantos.
Recordemos a Orfeu, que arrancava melodiosas notas de sua lira com as quais acalmava aos monstros do inferno.
Os autênticos cultivadores das faculdades esotéricas usam a sonoridade das foháticas notas do mantra como um meio específico para chegar ao fundo ultrassensível da Meditação.
Maravilhosa foi a expressão do magistral Platão quando afirmou que a música é a medicina da Alma.
Quando falamos da Alma, surge de fato uma interrogação: a conduta atual de um elevadíssimo percentual de pessoas é o resultado de Entes com Alma? Certamente que não é assim; as atitudes, as condutas e o comportamento da maioria das pessoas demonstram sua clássica inconsciência, são formas humanas nas quais só existe uma essência, a qual conhecemos como embrião de Alma, que, honestamente, não é mais que a matéria prima para criar Alma.
Criar Alma é um árduo e delicadíssimo esforço e se logra mediante a Revolução Interna; é necessário revolucionarmos em nossa forma de pensar, em nosso sentir; resolver-nos a uma mudança de costumes; definir e decidir a liberação das partículas de nossa própria essência que se encontram envoltas sob o peso de nossa personalidade egóica.
Na música clássica estão as vibrações que podem dirigir-se diretamente à consciência; na mística popular encontramos ritmos que despertam sentimentalismos, projeções do infraconsciente; e na música pentafônica está o modus operandi para nos transladarmos à Supraconsciência.
Uma vez mais recomendo selecionar a música. Devemos escutar música segundo nossas necessidades, em vez de nos aturdimos pela influência publicitária da última moda.
Para obter os benefícios expostos neste trabalho lhes convido a que dediquem um pouco de seu tempo a incursionar dentro deste universo prático e saudável da seleção musical.
Através de um procecdimento gradual se vai adquirindo o interesse necessário para escutar música que emita vibrações adequadas ao nosso mundo celular, ao nosso país psicológico e aos paraísos de nossa mente. Depois de um tempo não muito distante poderá reconhecer os benefícios obtidos em si mesmo, haverá mais serenidade, menos excitomania e se estará em condições de fechar a porta ao estresse. Além disso, se quer ir ao transfundo de si mesmo pode adestrar-se na Ciência da Meditação, com a qual poderá chegar a encontrar-se consigo mesmo e comunicar-se com o que realmente há de valor em você, esses valores internos que só são propriedade de seu Íntimo, seu Real Ser.
Os grandes esoteristas da música, através de suas extraordinárias obras clássicas, nos têm aportado maravilhosas Notas de Vida reconhecidas universalmente, no particular me têm servido para uma reorganização em meu universo psicológico e mental, em busca de um gradual avanço até o equilíbrio com o infinito.
Para quem anele iniciar seu ingresso ao exuberante e sublime Universo da Musicoterapia, pode começar através de seções práticas de Concentração e Relaxamento até estar em tom consigo mesmo e continuar seu avanço pelo Sendeiro da Meditação. Para lográ-lo, é recomendável trabalhar com os valores da Sinfonias de Beethoven, valores que aporto em continuação:
Primeira Sinfonia: refere-se “Gênese Psicológico”. Escutá-la nos motiva em tudo que queremos fazer.
Segunda Sinfonia: é a dos “Sentimentos Doces”. Muito interessante escutá-la para penetrar nos estados de carinho, compreensão, tolerância, doçura, compaixão, nobreza, caridade.
Terceira Sinfonia: conduz-nos à “Busca do Equilíbrio”. Devemos escutá-la para criar a motivação para sair dos estados nervosísmo excessivo, incerteza, desânimo, descontrole, pessimismo.
Quarta Sinfonia: é a “Sinfonia do Amor”. Deve-se escutar para ajudar-nos a sair dos estados de ódio, vingança e egoísmo.
Quinta Sinfonia: dedicada ao “Destino do Homem”. Ao escutá-la, nos é possível encontrar motivações para traçar as estruturas do que queremos ser na vida, podemos inspirar-nos para criar nosso próprio destino.
Sexta Sinfonia: é conhecida como a Sinfonia da “Heurística”. Ao escutá-la, adentramos no motivador mundo de toda ação criadora e nos ajuda na busca de solução dos problemas.
Sétima Sinfonia: esta sinfonia nos permite adentrar-nos na “Exploração de Nosso Subconsciente”. Ao escutá-la, somos motivados a particar a auto análise.
Oitava Sinfonia: corresponde-se com os valores da “Emancipação Psicológica.” Devemos escutá-la para motivar-nos à mudança, à transformação e à transvalorização.
Nona Sinfonia: Se você busca aprender a sublimar, é muito apropriado escutar a nona sinfonial, pois é a da “Sublimidade”. Suas notas nos remontam às escalas supraconscientes até o sentimento místico, sentimentos de devoção, de espiritualidade.
(Texto transcrito da obra “Notas de Vida”, de Rodolfo Rincón Vasquez)
No oitavo parágrafo a palavra música está trocada por “mística”…
Legal.