“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam.”.
Em todo o Cosmos existe a escala sonora dos sete tons. Os sete tons da grande escala ressoam em todo o universo, com os ritmos maravilhosos do fogo.
O Mahavan e o Chotavan são os ritmos do fogo que sustentam o universo firme em sua marcha.
Os sete Cosmocratores da aurora da criação celebraram os rituais do fogo cantando nos Templos.
Sem o Verbo criador, sem a magia da palavra, sem a música, o universo não existiria, “no princípio era o Verbo”.
Velhas tradições arcaicas dizem que o conhecimento relativo à sagrada Heptaparaparshinokh (a Lei do Sete), foi revivido muitos séculos depois da catástrofe da Atlântida, por dois santos irmãos iniciados chamados Choon-kil-tez e Choon-tro-pel, os quais atualmente encontram-se no Planeta Purgatório, preparando-se para entrar no Absoluto.
Em linguagem oriental se diz que o Planeta Purgatório é a região de Atala, a primeira emanação do Absoluto.
Estes dois santos eram irmãos gêmeos. O avô destes dois iniciados foi o Rei Koniutzion quem governou sabiamente o antiquíssimo país asiático chamado naquela época Maralpleicie.
O avô Rei Koniutzion descendia de um sábio iniciado atlante, membro distinto da Sociedade de Akhldanns, sociedade de sábios que existiu na submersa Atlântida antes da segunda catástrofe Transapalniana.
Os dois sábios irmãos santos viveram os primeiros anos de sua vida na arcaica cidade de Gob, no país chamado Maralpleicie, porém tempos depois refugiaram-se nesse país que mais tarde se chamou China.
Os dois irmãos iniciados viram-se obrigados a emigrar, saindo de sua terra natal quando as areias começaram a sepultá-la. Gob foi sepultada pelas areias e hoje esse lugar é o deserto de Gobi.
Os dois irmãos, em princípio, só se especializaram em medicina. Porém, depois tornaram-se grandes sábios e viveram no lugar que mais tarde se chamou China.
Coube a estes irmãos iniciados a alta honra de haverem sido os primeiros investigadores do ópio. Os dois irmãos descobriram que o ópio consiste em sete cristalizações independentes subjetivas com propriedades bem definidas.
Com trabalhos posteriores, demonstraram que cada uma destas sete cristalizações independentes consistia, por sua vez, em outras sete propriedades ou cristalizações subjetivas independentes e estas, por sua vez, em outras sete e assim sucessiva e indefinidamente.
Puderam comprovar que existe íntima afinidade entre a música e a cor. Por exemplo, um raio colorido correspondente dirigido sobre qualquer elemento do ópio transformava-o em outro elemento ativo.
Obtinha-se o mesmo resultado se, em lugar de raios coloridos, dirigiam-se as correspondentes vibrações sonoras das cordas de um instrumento musical conhecido naquela época com o nome de Dzendvokh.
Verificou-se cientificamente que se fizermos passar qualquer raio colorido através de qualquer elemento ativo do ópio, este mesmo raio toma outra cor, a saber, a cor cujas vibrações correspondem às vibrações do elemento ativo.
Ao se fazer passar qualquer raio colorido através das vibrações das ondas sonoras das cordas do Dzendvokh, aquele toma outra cor correspondente às vibrações manifestadas por meio da corda dada.
O Dzendvokh foi um aparelho de música formidável, com o qual se logrou verificar o poder das notas musicais sobre o ópio e em geral sobre todo o criado.
Se um raio colorido definido e vibrações sonoras definidas com inteira exatidão fossem dirigidos sobre qualquer elemento ativo do ópio, escolhido entre os que possuíam menor número de vibrações que a totalidade das vibrações do raio colorido e o mencionado som, o elemento ativo do ópio se transformava em outro elemento ativo do ópio.
É interessante saber que as sete cristalizações subjetivas do ópio se correspondem a outras sete e estas a outras sete e assim sucessivamente.
É também interessante saber que a escala musical setenária se corresponde com as setenárias cristalizações subjetivas do ópio.
Muitas experiências comprovaram que a cada classificação setenária subjetiva do ópio, correspondem escalas setenárias subjetivas do subconsciente humano.
Se a música pode agir sobre as cristalizações setenárias do ópio, é lógico pensar que também pode agir sobre as correspondentes classificações septenárias subjetivas do homem.
O ópio é maravilhoso, pois capta todas as potentes vibrações do Protocosmos inefável. Desgraçadamente, as pessoas têm utilizado o ópio de forma daninha e prejudicial para o organismo. São muitos aqueles que empregaram o ópio para fortalecer as propriedades tenebrosas do abominável órgão Kundartiguador.
Muitos séculos depois do sagrado Rascooarno (morte), dos irmãos santos, houve um Rei muito sábio que, baseando-se nas mesmas teorias dos dois iniciados mencionados, construiu um instrumento musical chamado Lav-merz-nokh, com o qual pôde verificar muitas maravilhas relacionadas com a música.
O maravilhoso de tal aparelho musical é que tinha quarenta e nove cordas, sete vezes sete, correspondentes às sete vezes sete manifestações da energia universal.
Este aparelho foi formidável, tinha sete oitavas musicais que estavam relacionadas com as sete vezes sete formas de energia cósmica. Assim foi como a raça humana daquela época conheceu em carne e osso o Hanziano Sagrado, o som Nirioonossiano do mundo.
Todas as substâncias cósmicas que surgem de sete fontes independentes, estão saturadas pela totalidade de vibrações sonoras que o mencionado aparelho de música podia fazer ressoar no espaço.
Não esqueçamos jamais de que nosso Universo está constituído por sete dimensões e que cada uma destas tem subplanos ou regiões.
O aparelho musical construído pelo Rei Too-toz, fazia vibrar intensamente todas as sete dimensões e todas as quarenta e nove regiões energéticas.
Atualmente, já temos música revolucionária formidável e maravilhosa, baseada no Som 13, mas necessitamos com urgência de aparelhos de música como o do Rei Too-toz.
Necessitamos vivificar as vibrações do som Nirioonossiano do nosso mundo para vivificar as fontes cósmicas das substâncias universais e iniciar com êxito uma nova era. O mundo foi criado com a música, com o verbo e devemos sustentá-lo e revitalizá-lo com a música, com o verbo.
A santa Lei sagrada do Heptaparaparshinokh serve de fundamento a toda a septenária escala musical.
É urgente que todos os irmãos Gnósticos compreendam a necessidade de estudar música. É urgente que todos os irmãos Gnósticos cantem sempre as cinco vogais: I, E, O, U, A.
É necessário compreender o valor da palavra e não profaná-la com pensamentos indignos.
É tão mal falar quando se deve calar, como calar quando se deve falar.
Há vezes em que falar é um delito e há vezes em que calar é um delito.
Há silêncios delituosos e há palavras infames.
Os deuses criam com o poder do Verbo porque no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.
Existe uma língua universal de vida que só é falada pelos Anjos, Arcanjos, Serafins, etc.
Quando o fogo sagrado floresce em nossos lábios fecundos feito verbo, a palavra se faz carne em nós.
Todos os mantrans que conhecem os ocultistas, são unicamente sílabas, letras, palavras isoladas da linguagem da luz.
“Ao que sabe, a palavra dá poder; ninguém a pronunciou, ninguém a pronunciará senão somente aquele que O tem encarnado”.
A Ciência da Música- Samael Aun Weor