Prana é o grande alento. Prana é o Cristo Cósmico. Prana é a vida que palpita em cada átomo como palpita em cada sol.
O fogo arde por Prana; a água flui por Prana, o vento sopra por Prana; o sol existe por Prana; a vida que temos é Prana. Nada poderia existir no universo sem Prana. Não poderia nascer o inseto mais insignificante nem brotar a mais tímida florzinha sem o Prana.
Prana existe no alimento que comemos, no ar que respiramos; na água que tomamos, em tudo.
Quando a energia seminal é sublimada e transformada totalmente, provê o sistema nervoso de riquíssimo Prana, o qual fica depositado no cérebro, como vinho de luz, como energia crística maravilhosa.
Existe uma estreita conexão entre a mente, o Prana e o sêmen. Controlando a energia seminal com a força da vontade, teremos conseguido tudo, porque a mente e o Prana ficarão então sob nosso controle.
Aqueles que derramam o sêmen não poderão jamais na vida controlar a mente nem o Prana. Estes são os fracassados.
Quem conseguir o controle sexual, conseguirá também o controle de sua mente e o controle de Prana. Essa classe de homens alcança a libertação.
Essa classe de homens consegue o Elixir da Longa Vida.
Todos os imortais que vivem com o Cristo Yogue da Índia (o divino Babaji), conservam seus corpos físicos através de milhares de anos, sem que a morte possa contra eles. Estes irmãos, depois de alcançarem a suprema castidade, conseguiram o controle do Prana e da mente. Prana é a energia universal, é vida, é luz, é alegria.
O principal objetivo da prática do Pranayama é conseguir a união dos átomos solares e lunares do sistema seminal para despertar a Kundalini.
PRÁTICA ESOTÉRICA
1 – Sente-se o devoto em uma cadeira, com o rosto para o Oriente.
2 – Faça muita oração, rogando à Divina Mãe que lhe desperte a Kundalini.
3 – O peito, o pescoço e a cabeça deverão estar em linha vertical. Não se deve dobrar o corpo para os lados, nem para frente ou para trás. As palmas das mãos devem descansar sobre as pernas em forma muito natural.
4 – A mente do devoto deve estar dirigida para dentro, para a Divina Mãe, amando-a e adorando-a.
5 – Feche os olhos para que as coisas do mundo físico não o distraiam.
6 – Tape a fossa nasal direita com o dedo polegar, vocalizando mentalmente o mantra “TON”, ao mesmo tempo em que respire ou inale muito lentamente o ar pela fossa esquerda.
7 – Feche agora a fossa nasal esquerda com o dedo índice. Retenha o alento. Envie o Prana aos órgãos sexuais para ativar as energias e pronuncie mentalmente o mantra “SA”…
8 – Exale lentamente pela fossa nasal direita vocalizando mentalmente o mantra “HAM” e imagine as energias subindo pelos dois canais simpáticos até o cérebro e depois descendo até o coração.
9 – Tape agora a fossa nasal esquerda com o dedo índice.
10 – Inale a vida, o Prana, pela fossa nasal direita, vocalizando mentalmente o mantra Ton. Retenha o alento vocalizando o mantra “RA”. Feche as duas fossas nasais com os dedos índice e polegar. Envie o Prana ao centro magnético do cóccix para despertar a Kundalini.
11 – Exale muito lentamente pela fossa nasal esquerda, vocalizando mentalmente a sílaba mântrica “HAM”, e imagine as energias subindo pelos dois canais simpáticos até o cérebro e depois descendo até o coração.
12 – Isto constitui um Pranayama completo.
13 – Seis (6) Pranayamas seguidos devem ser realizados ao amanhecer e ao anoitecer.
14 – O devoto levantar-se-á de sua cadeira e ajoelhará no chão.
15 – Colocará agora as palmas das mãos no solo, com os polegares se tocando.
16 – Inclinado para diante, prostrado em terra, cheio de suprema veneração, com a cabeça para o Oriente, apoiará sua testa sobre o dorso das mãos, ao estilo egípcio.
17 – O devoto vocalizará agora com sua laringe criadora o poderoso mantra “RA”, dos egípcios.
Esse mantra se vocaliza alongando o som das duas letras que o compõem, assim: RRRRRRRRAAAAAAA. Vocalize sete vezes consecutivas.
Estes são os dezessete pontos do Pranayama Egípcio. O mantra Ra tem o poder de fazer vibrar a Kundalini e os chacras para despertá-los.
Os mantras do Pranayama são: TON – SA – HAM -TOM – RA – HAM.
Com o Pranayama se desperta a Kundalini. Com o Pranayama se dissipam as tenebrosas regiões das trevas e inércia. Com o Pranayama dissipamos a preguiça e a estupidez.
O Prana se relaciona com a mente. A mente é o veículo da vontade. A vontade deve obedecer à Grande Alma do Mundo.
Todos os veículos internos devem ser controlados com o Pranayama. Prana é a vida.
A fossa nasal direita é solar. A fossa nasal esquerda, lunar. As duas testemunhas se relacionam com as fossas nasais. As vesículas seminais estão unidas às duas testemunhas mediante um par de cordões nervosos. Em última síntese, podemos assegurar que as duas testemunhas do Apocalipse nascem nas vesículas seminais. As duas vesículas seminais são os dois oceanos da vida. Conta-se que Moisés encontrou seu Mestre na confluência dos dois oceanos.
Ensinamos neste capítulo um Pranayama egípcio para os devotos do mundo ocidental.
Aqueles que quiserem despertar a Kundalini, devem persistir diariamente e durante toda sua vida no Pranayama.
A sala destinada à prática do Pranayama não deve ser úmida, nem tampouco mal ventilada, ou suja.
Deve ser um quarto limpo, puro, asseado. Também se pode praticar o Pranayama no campo, na montanha, à margem do mar, etc., etc.
Com o Pranayama, transmutamos a energia sexual em energia crística. Com o Pranayama despertamos a Kundalini e abrimos totalmente os chacras.
O Pranayama é um sistema de transmutação sexual para solteiros.
O Livro Amarelo- Samael Aun Weor