Arcano Nº. 4: O Imperador. “Mando; progresso; êxito, misericórdia”.
04 – O Imperador
CHESED: O Íntimo. O Real Ser. Mando.
Letra: Daleth. Progresso. Êxito. Misericórdia.
PE: Manifestação da virtude divina.
PM: Solução final.
PF: Realização de coisas materiais.
AT: “Ao trabalho de tuas mãos, dá benção e, no do pensamento, põe coração“.
AA: Escorpião.
EG: Contatos afetivos intensos; controle do material; domínio de si mesmo.
D: Erotismo; filhos; elevação espiritual; Deus.
R: Distanciamentos; frieza afetiva; desconcerto; carta de despedida.
Sephirote cabalístico: “Chesed”.
Letra hebraica: “Daleth”.
Axioma transcendente: “Ao trabalho de tuas mãos, dá benção e, no do pensamento, põe coração.”
Elemento de Predição: “promete logros materiais, bases para mais altas empresas, resultados favoráveis no esforço investido e condições penosas para lográ-los. As amizades são simultaneamente ajuda e obstáculo. A sorte é propícia e adversa ao mesmo tempo”.
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ARCANO IV (4) – O poder e o criado. O imperador. Progresso, êxito. Chesed – Júpiter. O Ser Divino. Atman; hieróglifo primitivo: Um Senhor. A 4ª carta do Tarô: A Misericórdia. A Lâmina do Imperador.
No Arcano Nº. 4 existem as quatro concordâncias. Estas são: Afirmação, Negação, Discussão, Sedução.
Da fronte do Imperador sobressai a Serpente, símbolo da Mestria; a coroa formada por uma áspide, o THERMUTHIS, pertence a Ísis, nossa Mãe Divina Kundalini Particular. Sobre a sua cabeça um chapéu de 4 pontas, 4 ângulos, representando os 4 Elementos, os 4 Evangelhos, os 4 Vedas, etc. Também temos no chapéu o Alambique, o Recipiente: os órgãos sexuais; o Fornilho, o Chacra Muladhara: a coluna espinal e o Destilador: o cérebro.
Em sua mão direita sustenta o Báculo de Poder. Encontra-se sentado sobre a PEDRA CÚBICA perfeitamente lavrada, produto dos anteriores Arcanos. Dentro da Pedra o gato, o fogo. Nas Águas da Vida encontra-se o Bastão de Mando, a Coluna Vertebral.
No capítulo anterior estudamos o valor da energia. Analisamos até aqui como o homem, com todo seu conjunto que o constitui na parte interna e na parte física, se reduz a dois aspectos que deve cuidar, que são: “A ENERGIA E A PALAVRA”, porque isso é o que lhe dá direito a ser diferente dos demais, como FILHO DE DEUS.
O homem, através de seu trabalho espiritual, vai formando o que se conhece como a individualidade. Isto consiste em que vai tendo três coisas fundamentais, como dons espirituais e confirmação de cristão, que são: “VONTADE, CONSCIÊNCIA E AMOR”.
Quando o homem que tendo estas virtudes se esquece de Deus, cai em desgraça, ou seja, essas três virtudes são as que o fazem merecedor de ter a Graça de Deus para sua Cristificação.
Por isso é necessário compreender que nós, FILHOS DE DEUS, necessitamos HONRAR ao PAI e à MÃE.
Isto tem três significados profundos que é necessário conhecer, compreender e praticar.
HONRAR quer dizer: “RESPEITAR, ACATAR E OBEDECER”. Há que honrar ao PAI e à MÃE frente ao sexo.
O homem que, neste ato, se esquece de sua MÃE, se identifica com uma mulher e peca; a mulher que, frente ao sexo, se identifica com um homem, se esquece de seu PAI e peca.
O homem que, frente às tribulações mentais, se esquece do AMOR, sua MÃE, se esquece da FORÇA, o PAI, cai na fragilidade e é vencido.
O homem que, frente a suas emoções, se esquece da VONTADE e da CONSCIÊNCIA, cai.
O PAI e a MÃE se fundem em um para dar-nos a CONSCIÊNCIA e a VONTADE.
O IMPERADOR é aquele que esgrime os poderes ígneos do Cristo e se funde com a Consciência e a Vontade para dar-nos, a nós mortais, COMPREENSÃO e AMOR.
A HONRA ao PAI e à MÃE tem íntima relação com o comportamento da pessoa consigo mesma e com a sociedade, dando como corolário que “O que se vive internamente se expressa em nossas obras”.
PRÁTICA:
Nos rituais, oferecer esse sacrifício do Cristo para que esses átomos que ingerimos no Pão e no Vinho se fusionem em nós dando-nos as Virtudes Santas que o Cristo nos legou: ”COMPREENSÃO e AMOR”.
Em todo rito devemos orar à COMPREENSÃO e ao AMOR.
A Cruz tem 4 pontas. A Cruz da Iniciação é fálica, a inserção do Phalo vertical no Cteis feminino formam a Cruz. É a Cruz da Iniciação que nós devemos pôr sobre os nossos ombros.
Devemos compreender que com suas 4 pontas simboliza os 4 Pontos Cardeais da Terra, Norte, Sul, Oriente e Ocidente. As 4 Idades: Ouro, Prata, Cobre e Ferro. As 4 Estações do ano. As 4 Fases da Lua. Os 4 Caminhos: Ciência, Filosofia, Arte e Religião; ao falar dos 4 Caminhos devemos compreender que todos são um só, este caminho é o Caminho Angusto e Estreito do Fio da Navalha, o Caminho da REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA.
A Cruz é um símbolo muito antigo, empregue desde sempre, em todas as religiões, em todos os povos e erraria quem a considerasse como um emblema exclusivo de tal ou qual seita religiosa; quando os conquistadores Espanhóis chegaram à terra santa dos Astecas encontraram a cruz sobre os altares.
O símbolo da Cruz, sublime monograma de Cristo Nosso Senhor, da Cruz de São André e da milagrosa chave de São Pedro são réplicas maravilhosas de igual valor Alquimista e Cabalista. É, pois, a marca capaz de assegurar a vitória aos trabalhadores da “Grande Obra”.
A Cruz Sexual, símbolo vivente do cruzamento do Lingam-Yoni, tem a marca inconfundível e maravilhosa dos 3 cravos que se empregaram para imolar o Cristo-Matéria, imagem das 3 Purificações pelo ferro e pelo fogo, sem as quais Nosso Senhor não teria podido lograr a Ressurreição.
A Cruz é o hieróglifo antigo, Alquímico, do Crisol (creuset) que antes se chamava em francês cruzel, crucibile, croiset. Em latim, crucibulum crisol, tinha por raiz: crux, crucis, cruz. É evidente que tudo isto nos convida à reflexão.
É no crisol onde a matéria prima da Grande Obra sofre com infinita paciência a paixão do Senhor. No Erótico Crisol da Alquimia Sexual Morre o “Ego” e renasce a “Ave Fênix” de entre as suas próprias cinzas: INRI, “IN NECIS RENASCOR INTEGER”. (Na morte renascer intacto e puro).
A inserção do PHALO vertical dentro do ÚTERO formal faz cruz e isto é algo que qualquer um pode verificar.
Se refletirmos muito seriamente nessa íntima relação, existente entre o “S” e o “Tao”, “Cruz” ou “T”, chegamos à conclusão lógica de que só mediante o cruzamento do Lingam-Yoni (Phalo-útero), com exclusão radical do orgasmo fisiológico, se pode despertar a “Kundalini”, a Serpente Ígnea dos nossos Mágicos Poderes.
Na concepção Nahuatl e Maia, a Swástica sagrada dos Grandes Mistérios esteve sempre definida com a Cruz em Movimento; é o “Nahul-Ollin” Náhuatl; símbolo sagrado do Movimento Cósmico.
As duas orientações possíveis da Swástica representam claramente os princípios Masculino e Feminino, Positivo e Negativo da Natureza. Duas Swásticas de uma e outra direção exatamente sobrepostas formam indubitavelmente a Cruz Potenteia e neste sentido representam a conjunção erótica dos sexos.
Segundo a lenda Asteca, foi um casal, um homem e uma mulher, que inventou o Fogo e isto só é possível com a Cruz em Movimento – INRI, Ignis Natura Renovatur Integra); “O FOGO RENOVA INCESSANTEMENTE A NATUREZA”.
A cruz também revela a “QUADRATURA DO CÍRCULO”, a chave do “Movimento Perpétuo”. Esse movimento perpétuo só é possível mediante a Força Sexual do Terceiro Logos. Se a Energia do Terceiro Logos deixasse de fluir no Universo, o Movimento Perpétuo terminaria e viria a desconjunção cósmica. O Terceiro Logos organiza o vórtice fundamental de todo o Universo nascente e o vértice infinitesimal do ultérrimo átomo de qualquer criação.
Com o Arcano Quatro do Tarô, o Ser põe sobre os seus ombros a CRUZ DA INICIAÇÃO.
Se fizermos a seguinte soma Cabalística do Arcano 4: (1 + 2 + 3 + 4 = 10) encontramos que (10 = 1 + 0 = 1), a Mônada.
TETRAGRAMMATON É IGUAL À MÔNADA.
Na solidão dos Santuários Misteriosos, os neófitos foram submetidos às quatro provas Iniciáticas. As provas do fogo, do ar, da água e da terra definiram sempre as diversas purificações dos neófitos. Pelo comum esses Santuários de Mistérios encontravam-se situados ao pé de algum vulcão. Os discípulos caíam sem sentidos ao solo. Nesses instantes o Hierofante retiravam os estudantes do corpo físico e em astral os levava às profundezas do Santuário. Então ensinava-lhes os mistérios grandiosos da vida e da morte. As emanações vulcânicas da terra produzem esse estado de morte aparente. Nos Lumisiais Gnósticos alguns discípulos caiem nesse estado de morte aparente. A cerimônia de carregar a Cruz tal como se acostumava nos Lumisiais Gnósticos serve para confirmar humildemente alguma Iniciação Esotérica Interna.
Cada um dos sete corpos do homem deve ser crucificado e estigmatizado. Todo o estudante da Cabala deve familiarizar-se com os Elementos do fogo, do ar, da água e da terra.
É necessário que o estudante se familiarize com todas as criaturas elementais dos quatro elementos. No fogo vivem as Salamandras. Na água vivem as Ondinas e Nereidas. No ar vivem os Silfos. Na terra vivem os Gnomos.
O Evangelho de Marcos é simbolizado com um Leão (fogo). O Evangelho de Mateus é representado por um Jovem (água). O Evangelho de João é representado por uma Águia (ar). O Evangelho de Lucas é representado por um Touro (terra). Os Quatro Evangelhos simbolizam os quatro elementos da Natureza e a realização da Grande Obra (O Magnus Opus).
“Sede perfeitos, como o vosso Pai é perfeito”.
São os Gnomos ou Pigmeus os grandes Alquimistas que transmutam o chumbo em ouro. Eles reduzem os metais ao seu sêmen para logo transmutá-lo no ouro puro do espírito. Esse labor seria impossível se as Ondinas não obedecessem ou se as Salamandras do fogo não tornassem fecundas as voluptuosas Ondinas. As tentadoras Ondinas sem o fogo só podem levar-nos ao naufrágio. Ulisses, o astuto guerreiro, destruidor de cidadelas fez-se amarrar a um mastro do barco para evitar o perigo de cair no mar Seduzido pela beleza sexual das Ondinas. Os gnósticos antigos diziam: Todos Vós Sereis Deuses se sairdes do Egito e Atravessais o Mar Vermelho (o Oceano das Tentações).
Os vapores da matéria-prima da Grande Obra não ascenderiam pela chaminé sem a ajuda dos inquietos Silfos. Os Gnomos necessitam de destilar o Ouro no cérebro e isso só é possível com a ajuda dos Silfos aéreos. Os gnomos transmutam o chumbo em Ouro. O Magnus Opus seria impossível sem os elementais. Necessitamos nos familiarizar com os ELEMENTAIS DA NATUREZA.
PRÁTICA COM AS SALAMANDRAS:
FOGO: Acendei um fogo e logo vocalizai logo o Mantra INRI. Este Mantra vocaliza-se em duas sílabas separadas; IN – RI. Porém alongando o som de cada letra. Concentrai-vos agora no fogo que haveis acendido (Vela, Lareira ou Carvões acesos). Meditai profundamente no fogo. Adormecei meditando no fogo. Invocai ao amigo que escreve esta Cátedra e sereis ajudados nesta prática.
Vocalizai a letra “S” como um silvo muito fino. Como o zumbido da Cascavel.
PRÁTICA COM OS SILFOS:
AR: Sentado em uma cômoda poltrona ou deitado de boca para cima, com o corpo relaxado, meditareis profundamente na seguinte plegária:
PLEGÁRIA
Spiritus Dei Ferebatur super aquas, et inspiravit in faciem hominis spiraculum vitae. Sit Michael Dux Meus et Sabtabiel servus meus, in luce et per lucem. Fiat verbum halitus meus, et imperabo Spiritibus aeris hujus, et refrenabo equos solis voluntate cordis mei, et cogitatione mentis mei et nutu oculi dextri. Exorciso igitur te, creatura aeris, per Pentagrammaton et in nomine Tetragrammaton, in quibus sunt voluntas firma et fides recta. Amém. Sela, fiat.
Soprai em direção dos quatro pontos cardeais da Terra. Pronunciai a letra “H” muitas vezes como um suspiro muito profundo. Adormecei meditando nos Gênios Michael e Sabtabiel. Então porás em contato com os Silfos.
PRÁTICA COM AS ONDINAS:
ÁGUA: Ante uma taça com água, adormecei meditando no seguinte Exorcismo:
Exorcismo
Fiat firmamentum in medium aquarum et separet aguas ab aguis quae superius sicut quae inferius, et quae inferius sicut quae superius, ad perpetranda miracula rei unius. Sol ejus pater est, luna mater et ventus hanc gestavit in utero suo, ascendit a terra ad coelum et rursus a coelo interram descendit. Exorcizo te, creatura aguae, ut sis mihi speculum Dei vivi in operibus ejus, et fons vitae, et ablutio peccatorum. AMÉM.
Logo, entrai em sonolência vocalizando a letra M, assim: Mmmmm.
Lábios fechados hermeticamente. Este é o som como ao mugido do touro, porém alongadamente sustentado, sem esta morte da voz, próprio do touro. A letra M é o Mantra das águas. Assim porás em contato com as criaturas da água. Invocai logo ao Gênio das águas. Esse gênio se chama NICKSA.
PRÁTICA COM OS GNOMOS:
Meditai profundamente no Templo-Coração do Centro da Terra. Meditai no Gênio da Terra cujo nome é CHAMGAM. Rogai-lhe que vos ponha em contato com os Gnomos que habitam nas entranhas da terra. Chamai o Gênio dos Gnomos. Esse Gênio chama-se GOB. Adormecei concentrados nesse Gênio. Vocalizai o mantra I.A.O.
A meditação muito profunda combinada inteligentemente com o sono vos permitirá entrar nos Paraísos Elementais da Natureza.
Todo o Alquimista necessita trabalhar com os Elementais da Natureza.
O Hieróglifo do Arcano Quatro do Tarô é o Imperador. O Soberano aparece formando com o seu corpo um Triângulo Maravilhoso. As pernas do Imperador cruzadas, formam uma Cruz. Realmente essa é a imagem do Atanor dos Alquimistas. O Ligamen da Cruz com o Triângulo só é possível mediante o Ouro Potável (Fogo Sagrado) da Alquimia.
Terminaremos esta cátedra, dizendo que aos elementais do fogo se lhes ordena com o Tridente de Ferro ou com a Varinha de Ferro. Aos Elementais do Ar se lhes ordena com uma Pena de Águia ou de qualquer ave. Aos Elementais da Água se lhes ordena com uma taça cheia de água. Aos da Terra com uma Espada ou um punhal novo.
O reino especial dos Gnomos habita à região do Norte. O das Salamandras, ao Sul. O dos Silfos ao Oriente e o das Ondinas ao Ocidente. Estas quatro hierarquias elementais formam Cruz. Eis aí o Santo e Misterioso TETRAGRAMMATON.
O Arcano nº. 4 é muito interessante, refere-se à Cruz de Quatro Pontas, à Pedra Cúbica, a qual é o fundamento da Grande Obra e há que ser cinzelada.
Ao falarmos sobre a escola do Quarto Caminho, encontramos que Gurdjieff, Ouspensky, Nicoll, expuseram o que sabiam, porém a sua exposição padece por muitos defeitos; por exemplo, Gurdjieff comete o erro de confundir a KUNDALINI com o abominável Órgão KUNDARTIGUADOR e Ouspensky comete o mesmo erro; não podemos deixar de reconhecer que há essa Força Fohática Cega, que mantém as pessoas hipnotizadas, porém nada tem ver com a Kundalini; o Kundartiguador é o Fogo Lunar.
A Bíblia fala de 44 Fogos, porém só se pode falar de Dois Grandes Fogos: a Kundalini e o Kundartiguador. O primeiro é o Fogo Pentecostal, o Raio de Vulcano ascendendo pela Espinha Dorsal, o Fogo Positivo que se cristaliza em Mundos e Sóis. A sua antítese é o Kundartiguador, o Fogo Negativo que cristaliza esses Agregados Psicológicos; esses Eus gritões e briguentos que temos dentro, são cristalizações negativas que as pessoas têm sumidas na inconsciência. Gurdjieff também comete o erro de não falar sobre os Corpos Lunares que têm todas as pessoas e só diz que se deve transformar o Ser e fabricar os Corpos Solares.
Ouspensky fala sobre o Nascimento Segundo, porém estão incompletos seus ensinamentos. Primeiro fabricam-se os Corpos Solares na Nona Esfera alcançando-se o Nascimento Segundo; porém nem Gurdjieff nem Ouspensky dão a chave.
A escola do Quarto Caminho é muito antiga, provém das terras Arcaicas, é o fundamento dos Grandes Mistérios, encontra-se viva no Gnosticismo, nas religiões dos Egípcios, Lêmures, Atlantes, Fenícios, etc..
Há que percorrer a Senda por esse Quarto Caminho, nós temos que marchar com equilíbrio em CIÊNCIA, FILOSOFIA, ARTE E RELIGIÃO.
Antes, na arte cénica, se informava ao indivíduo em seus Três Cérebros, Motor, Emocional, Intelectual, hoje, nas escolas, só se informa ao Cérebro Intelectual, a isso se devem os estados enfermos da Mente e a neurose. Balanceando os Três Cérebros evitam-se os desequilíbrios mentais.
A Ciência está contida em todo o Cosmo, existe ainda que não existissem as Ciências.
O Arcano 4 do Tarô é o Santo e Misterioso TETRAGRAMMATON. O nome sagrado do Eterno tem quatro letras: IOD, HE, VAU, HE.
IOD HOMEM HOMEM.
HE MULHER MULHER.
VAU FALO FOGO.
HE ÚTERO ÁGUA.
São as 4 palavras que nos levam à Nona Esfera, ao sexo, à Forja dos Ciclopes, à famosa FRÁGUA ACESA DE VULCANO, para levantar a Serpente Sagrada dos nossos Mágicos Poderes e levá-la ao coração, recebendo-se a Cruz Sagrada da Iniciação no Templo da Mãe Divina.
O número 4 também representa os 4 Elementos Físicos e os 4 Elementos da alquimia.
Terra Sal
Fogo Enxofre
Água Mercúrio
Ar Azougue
Diziam os antigos Alquimistas que o Enxofre deve fecundar o Mercúrio da Filosofia Secreta para que o Sal se regenere; ou seja, que o Fogo deve fecundar a Água para que o homem se regenere, se autorrealize.
Também neste arcano encontramos o segredo das Esfinges e nos recorda os Quatro Animais Sagrados da Alquimia Sexual:
LEÃO: OCULTA O ENIGMA DO FOGO – GARRAS DE LEÃO.
HOMEM: A ÁGUA – ROSTO DE HOMEM.
ÁGUIA: O AR – AS ASAS DA ESFINGE – O ESPÍRITO.
TOURO: A TERRA – AS PATAS TRASEIRAS – TENACIDADE.
Estes são os valores representativos da Esfinge, os Quatro Elementos da Alquimia Solar. NECESSITAMOS DA TENACIDADE DO TOURO E DAS ASAS DO ESPÍRITO.
A Esfinge fala-nos da Grande Obra que se realiza com os Quatro Elementos. Em certa ocasião entrevistei o Elemental da Esfinge, é um Elemental maravilhoso, trazia os pés cheios de lodo, ele abençoou-me e disse-lhe: “já entendo por que trazes os pés cheios de lodo, pela Idade esta de Kali Yuga”.
A entrada nos velhos Templos Arcaicos era comumente uma abertura escondida em alguma misteriosa paragem da selva espessa. Nós saímos do Éden pela porta do sexo e só por essa porta podemos retornar ao Éden. O Éden é o próprio sexo, é a porta angusta, estreita e difícil que conduz à Luz.
Na solidão desses Santuários Misteriosos, os Neófitos foram submetidos às 4 Provas Iniciáticas. As provas do Fogo, do Ar, da Água e da Terra definiram sempre as diversas purificações dos neófitos.
Os Neófitos são submetidos às 4 Provas Iniciáticas que se verificaram nos Mundos Internos. O homem ainda não é rei da Natureza, porém está chamado a sê-lo segundo Melquisedeque.
O discípulo deve ser provado pelos 4 Elementos, para examiná-lo, submetê-lo à prova nas 49 Regiões do Pensamento.
Estas provas são para todos, homens e mulheres. Cada um pode ajudar-se tendo pensamentos puros, porém isso não é tudo, é necessário a Meditação.
Todos os estudantes da Cabala devem familiarizar-se com todas as Criatura Elementais:
AR: SILFOS.
ÁGUA: ONDINAS E NEREIDAS.
FOGO: SALAMANDRAS.
TERRA: GNOMOS.
Estes Elementos são utilizados para trabalhar na transmutação do chumbo em ouro na CORDILHEIRA CENTRAL (Espinha Dorsal).
Nas palavras IOD-HE-VAU-HE encontramos o mistério do Tetragrammaton (Santo 4), as Quatro Palavras, os Quatro Elementos, mais profundamente encontramos o nosso Ser, a DIVINDADE MAIS COMPLETA.
Do Ain Soph, que é Um Átomo SUPERDIVINO de cada um nós, emanam as Três Forças Divinas, do Pai, do filho e do Espírito Santo, dando sua última síntese, 3 + 1 = 4. Tetragrammaton – (IOD-HE-VAU-HE). Sendo este o resumo Sagrado do número 4.
SÍNTESE:
O Mestre está formado por Atman-Budhi.
Atman é o Íntimo.
Budhi é a Alma Divina, quer dizer, a Consciência Divina do Íntimo.
Quando um Logos quer redimir um mundo, emana de si próprio um protótipo celeste formado por Atman-Budhi.
O Logos é a Coroa Sephirótica, é o Raio Individual de onde emana o próprio Íntimo. Esse raio é triuno, é a Santíssima Trindade dentro de nós.
Assim pois todo o Logos é triuno.
O Pai é Kether, o Ancião dos Dias.
O Filho é o Cristo Cósmico em nós.
O Espírito Santo é a Divina Mãe em nós.
A Mãe leva na sua mão uma lâmpada. Essa lâmpada é o Íntimo, que arde dentro do nosso coração.
A síntese cabalística dos números mostra a qual princípio ele está associado, como foi explicado na seção Interpretação, é assim que se interpreta o Tarô e a Cabala.
Todas as cartas possuem sua síntese, nos arcanos menores ela é mostrada na parte inferior à direita da carta.
Exemplo: a carta 23 – O Lavrador se relaciona com o Arcano 5 – O Hierarca, pois 2 + 3 = 5.