Arcano Nº. 8: A Justiça. O Arcano de Jó. “ Sofrimentos. Provas. Dor”.
08 – A Justiça
HOD: Corpo Astral. O Número de Jó. Mercúrio.
Letra: Cheth. Sofrimentos. Provas. Dor.
PE: O Absoluto.
PM: A força do direito.
PF: Evolução e involução, atração e rechaço.
AT: “Edifica um altar em teu coração, mas não faças de teu coração um altar”.
AA: Capricórnio.
EG: Modere seus ímpetos e desejos; não tome decisões por hoje; relaxe-se.
D: Achado produtivo; seu número: o 6; poupe fadigas perguntando; teimosia vencida a seu favor.
R: Resolução imprudente; amanhã é tarde; não divague; recordações exumadas que atormentam.
Sephirote cabalístico: “Hod”.
Letra hebraica: “Cheth”.
Axioma transcendente: “edifica um altar no teu coração, porém não faças do teu coração, um altar”
Elemento de Predição: “promete retribuições, castigos e recompensas, gratidão e Ingratidão, compensação por serviços prestados”.
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ARCANO VIII (8) – A justiça. Sofrimentos. O número de Jó. Provas e dor. Hod: A Justiça do arcano. A 8ª carta do Tarô. Saturno: A Vitória.
O arcano nº. 8 significa duras provas; é a retidão, a justiça, o equilíbrio. Temos de procurar o bem, custe o que custar, pois os Mestres da Medicina, quando se trata de algum doente que esteja ás portas da morte procuram salvá-lo, porque essa é a lei; eles cumprem com o “fazer o bem”.
No arcano nº. 8 encontram-se as provas iniciáticas.
Neste arcano aparece, nas águas da vida, a Serpente mordendo a cauda, formando o símbolo da Mãe Cósmica, o Infinito (0, zero).
Uma mulher encontra-se ajoelhada sobre um túmulo de 3 degraus representando o arcano A.Z.F. (Águas + Fogo = Consciência ).
A mulher sustém, com a mão esquerda, a espada do poder virada para cima, e com a outra mão equilibra uma balança, assinalando o equilíbrio que deve existir entre a mente, o coração e o sexo. Na parte superior aparece RA (este é outro dos símbolos de RA, para além das asas).
No capítulo anterior analisamos o TRIUNFO, porém, o que é o TRIUNFO? Sobre o que triunfamos ou quem nos derrota? Nos derrotam a mente, as emoções e a insegurança.
Quando saímos vitoriosos sobre a mente, sobre as emoções e sobre a insegurança, temos o direito, o poder e a graça de enfrentar, valorosamente, os desígnios da Justiça. Aí podemos negociar com a Lei nosso Karma, comprometendo-nos a pagar com sacrifício e a eliminar, dentro de nós, as inumanas criaturas que levamos dentro, que se chamam EGO ou EUS e eles são os que infringem a Lei.
A JUSTIÇA é a que nos dá o que conquistamos, bom ou mau, e nos coloca no lugar que nos corresponde frente a Deus e ao mundo. Aqui compreendemos que ninguém pode melhorar suas condições se a JUSTIÇA não permite.
O homem está dotado de três condições que lhe permitem trabalhar em concordância com a Criação, com Deus ou com o mundo de acordo com sua condição humana e espiritual.
“Com a Criação, de instrumento ou veículo para a sustentação da Natureza e a procriação.”
“Com o Mundo, como simples besta irracional que não contém nenhum princípio racional ou divinal”.
“Com Deus, porque pode se apartar das Leis mecânicas e produzir estados superiores que o levam a conhecer para que veio, porque está aqui e para onde vai”.
Quem levanta falsos testemunhos, está desconectado da Consciência, da Luz e do Amor; não tem Compreensão, não tem Amor, nem Justiça; razão pela qual age infringindo a Lei, a Justiça e impondo uma justiça fictícia, a qual, por uma Lei de Compensação natural, se inclina, cedo ou tarde, contra quem a exerceu.
Para ser justo é imprescindível que estejam ausentes, nas decisões que tomemos, nas palavras que emitimos do próximo, o ódio, a inveja e a cobiça.
A JUSTIÇA não deve ser vista como o verdugo que castiga, tem que ser vista como aquele guardião que, ao triunfarmos, nos abre caminho até o infinito.
PRÁTICA:
A Runa NOT, feita frente ao Altar, pedindo ao Senhor ANUBIS e seus Arcontes da Lei que nos concedam a Graça de negociar nosso Karma e pedindo para sermos assistidos pela Lei para sairmos vitoriosos nas etapas cruciais de nossa vida.
Runa Not
Em caso de se necessitar assistência de Anúbis, faz−se urgente negociar com ele.
Abra os braços de forma de forme a Runa Not. Um deles formará um ângulo de 135 graus com o corpo e o outro um ângulo de apenas 45 graus com o corpo. Depois, o braço que forma o ângulo de 45 graus passará a formar um de 135 graus, enquanto que o que formava o ângulo de 135 graus formará 45. Assim, sucessivamente alternam−se os braços.
Durante o exercício, cantarão os mantras NA, NE, NI, NO e NU, mantendo a mente concentrada em Anúbis, o Chefe do Carma e suplicando o negócio desejado, pedindo a ajuda urgente.
Observem bem a figura da Runa Not. Imitem com os braços seu signo. Alternem os braços direito e esquerdo durante a movimentação.
O arcano nº. 8 é o Juízo; o nº. 8 é o número de Jó, provas e dores; é representado com uma espada porque corresponde ao esoterismo.
O nº. 8 é o número do Infinito. As forças vitais do fogo de Flegetonte e a água do Aqueronte circulam entrecruzando-se na Nona Esfera, no coração da Terra, na forma de um oito. Na espinha dorsal também está formado o símbolo do Infinito. O signo do Infinito significa trabalhar na Nona Esfera e esta é o sexo.
O arcano nº. 8 do Tarôt é uma Mulher com uma espada na mão ante a balança da Justiça Cósmica. Realmente só ela pode entregar a espada ao Mago; sem a Mulher nenhum iniciado consegue receber a espada. Existe a Eva-Vênus, a mulher instintiva. Existe a Vênus-Eva, a mulher do lar. Existe a Vênus-Urânia, a mulher iniciada nos grandes mistérios. E por fim, afirmamos a existência de Urânia-Vênus, a mulher Adepto, a mulher profundamente realizada.
A mulher do arcano nº. 8 do Tarôt tem numa das mãos a balança e na outra a espada. É necessário e urgente que nos santifiquemos de modo absoluto e que pratiquemos o arcano A.Z.F.; as forças do homem e da mulher equilibram-se no amor e na sabedoria.
A milagrosa ascensão da energia seminal até ao cérebro torna-se possível graças a determinado par de cordões nervosos que em forma de Oito se estendem à direita e à esquerda da espinha dorsal.
Na filosofia Chinesa este par de cordões são conhecidos com os clássicos nomes de “Yin” e “Yang”, sendo o “Tao” o Caminho do Meio, o canal medular, a via secreta por onde ascende a serpente.
É óbvio que o primeiro destes dois canais é de natureza lunar e é ostensível que o segundo é de tipo solar.
Quando os átomos lunares e solares entram em contacto com o Triveni, próximo do cóccix, a Serpente Ígnea dos nossos mágicos poderes, desperta.
A serpente em forma de círculo, naquele transe de devorar a sua própria cauda, é uma síntese extraordinária da mensagem maravilhosa do senhor Quetzalcóatl, ou na posição vertical, ilustrando a ideia Maia e Nahuatl da víbora divina devorando a Alma e o Espírito do homem, ou enfim, as chamas sexuais consumindo o Ego animal, aniquilando-o, reduzindo-o a cinzas.
Indiscutivelmente a Serpente é o símbolo esotérico da Sabedoria e do Conhecimento Oculto. A Serpente tem sido relacionada, desde os tempos antigos, com o Deus da Sabedoria.
A Serpente é o sagrado símbolo de Thot e de todos os deuses santos, tais como Hermes, Serapis, Jesus, Quetzalcóatl, Buda, Tláloc, Dante, Zoroastro e Bochica, etc., etc., etc..
Qualquer Adepto da Fraternidade Universal Branca pode ser devidamente representado pela “Grande Serpente”, a qual ocupa um lugar tão destacado entre os símbolos dos Deuses, nas pedras negras, que registam os edifícios Babilónicos.
Esculápio, Plutão, Esmun, Knepp, são todos eles Deidades com os atributos da serpente, diz Dupuis: “Todos são curadores, dadores de saúde espiritual e física e de Iluminação.”.
Os Brahama nes obtiveram a sua cosmogonia, ciência e artes culturais dos famosos “Naga-Maias”, depois denominados “Danavas”. Os “Nagas” e os Brahama nes usaram o sagrado símbolo da “Serpente Emplumada”, símbolo indiscutivelmente Mexicano e Maia. Os Upanishads contêm um tratado sobre a Ciência das Serpentes, o mesmo é dizer, a Ciência do Conhecimento Oculto.
Os “Nagas” (Serpentes) do Budismo esotérico são homens autênticos, perfeitos, autorrealizados, em virtude do seu conhecimento oculto, e protectores da lei de Buda, por interpretarem correctamente as suas doutrinas metafísicas.
O Grande Kabir Jesus de Nazaré nunca aconselharia os seus discípulos a serem tão sábios como a Serpente se esta fosse o símbolo do mal. Não é demais lembrar que os Ofitas, os Sábios Gnósticos Egípcios da “Fraternidade da Serpente”, nunca teriam adorado a cobra viva, nas suas cerimónias, como símbolo da Sabedoria, a Divina Sophia, se esse réptil tivesse estado relacionado com as potências do mal.
A Serpente Sagrada, ou Logos Salvador, dorme enroscada no fundo da Arca, na mística espreita, aguardando o instante de despertar.
Kundalini, a serpente ígnea dos nossos mágicos poderes, enroscada dentro do centro magnético do cóccix (a base da espinha dorsal) é luminosa como o relâmpago.
Aqueles que estudam fisiologia esotérica Nahuátl ou Indostânica enfatizam a ideia transcendental de um centro magnético maravilhoso situado na base da coluna vertebral, a uma meia distância entre o orifício anal e os órgão sexuais.
No centro do “chacra Muladhara” há um quadrado amarelo invisível para os olhos da carne, porém perceptível para a Clarividência, o sexto sentido; tal quadrado representa, segundo os hindus, o elemento terra.
Foi-nos dito que no interior desse quadrado existe um “yoni” ou “útero” e que na sua parte central se encontra um “Lingam” ou “Phalo” erótico, no qual se acha enroscada a serpente, energia psíquica maravilhosa, chamada Kundalini.
A estrutura esotérica de tal centro magnético, assim como a sua insólita posição entre os órgãos sexuais e o ânus, dão bases sólidas e irrefutáveis às escolas tântricas da Índia e do Tibete.
É indiscutível que só mediante o Sahaja Maithuna ou Magia Sexual pode ser despertada a Serpente.
A Coroa formada por uma Áspide, o Thermuthis, pertence a Ísis, a nossa Divina Mãe Kundalini particular individual, pois cada um de nós tem a sua.
A Serpente como Divindade Feminina em nós próprios é a esposa do Espírito Santo, a nossa Virgem Mãe a chorar ao pé da cruz sexual, com o coração atravessado por 7 punhais.
Indubitavelmente a serpente dos grandes mistérios é o aspecto feminino do Logos, Deus-Mãe, a esposa de Shiva, ela é Ísis, Adónia, Tonantzín, Reia, Maria, ou diríamos melhor, Ram-Io, Cibeles, Opis, Der, Flora, Paula, Io, Aka, a Grande Mãe (em sânscrito), a Deusa dos Lha, Lares ou Espíritos de aqui debaixo, a angustiada Mãe de Huitzilopochtli, a Ak ou Deusa Branca (em turco), a Minerva Calcídica dos Mistérios Iniciáticos, a Akabolzub do templo lunar de Chichen-Ytzá (Yucátan), etc.
No arcano 8 encontramos a Oitava Chave de Basílio Valentim. Não há dúvida de que foi um Grande Gnóstico. O Evangelho de Valentim é admirável; a “oitava chave” refere-se aos processos da vida e da morte na Pedra Filosofal, cinzelada com o martelo da Inteligência e o cinzel da Vontade.
A “oitava chave” é uma alegoria alquímica clara e perfeita dos processos da Morte e da Ressurreição que se sucedem inevitavelmente na preparação esotérica da Pedra Filosofal que está entre as colunas de Jakin e Boaz. Tem de se polir a Pedra Bruta para transformá-la em Pedra Cúbica.
A Pedra é “Pedro” e refere-se às benditas águas de Amrit. Nas arestas e nos ângulos perfeitos da Pedra encontramos o homem que trabalhou com Amrit. A Pedra Bruta e a Pedra Cinzelada estão situadas à entrada do Templo, atrás das colunas. A Pedra Cinzelada está à mão direita e a sua particularidade é que possui “Nove” Ângulos formando “Quatro” Cruzes. Os que levantam o Templo sobre as areias, fracassam; há que levantálo sobre a “Penha Viva”, sobre a “Pedra”. Todo o material humano empregue neste trabalho morre, apodrece, corrompe-se e enegrece-se no Ovo Filosofal e logo se embranquece maravilhosamente.
Quer dizer, morre dentro de nós, o que é negro e logo aparece o que é branco, o que nos faz Mestres. Recordemos por momentos o trabalho na Nona Esfera; a dissolução do Eu.
Recordemos o trabalho da Região Purgatorial; os Iniciados aí aparecem tal qual cadáveres em putrefacção porque todas essas larvas que estão metidas dentro de nós afloram dando aos corpos do Iniciado a aparência de cadáver em decomposição.
Na Oitava Chave, a ilustração do Viridarium Chymicum, a Morte, está representada por um cadáver; a Putrefacção por uns cornos; a Ceifa por um humilde agricultor; o Crescimento por uma espiga de trigo; a Ressurreição por um morto que se levanta do sepulcro e por um Anjo que toca a trombeta do Juízo Final.
Tudo isto representa que deve morrer em nós o “Ego”, o “Mim Próprio” até ficarmos brancos, puros, limpos e perfeitos. A Putrefacção acontece quando já estamos inseridos na Região Purgatorial; representado pelos Cornos, aí aparece um cadáver em putrefacção com repulsivas formas animalescas, répteis, aranhas, vermes imundos e larvas horríveis. Com a ajuda da Mãe Divina Kundalini aquelas formas animalescas são reduzidas a poeira cósmica.
Depois de terem sido incineradas as sementes do Ego com a purificação da podridão no Purgatório, o Iniciado banha-se nos rios “Leteu” e “Eunõe”, resplandecendo os seus corpos maravilhosamente. Logo em seguida deve ser confirmado no “Sexo-Luz” e depois vem a Ressurreição Iniciática, representada pelo Anjo que toca a Trombeta; Jesus depois da sua Ressurreição instruiu os seus discípulos durante muitos anos.
O interessante é que toda essa podridão se efectue no Ovo Filosofal (o sexo). Nós somos confirmados pela Luz na “oitava chave” de Basílio Valentim.
Depois de se ter conseguido o Segundo Nascimento proíbe-se o sexo, sendo então dito ao Mestre: “Tu não podes voltar a trabalhar na Nona Esfera porque então ressuscitará o “Eu”; já te livraste dele, as tuas provas esotéricas terminaram e fica-te proibido o sexo por toda a Eternidade”. O “Sexo” é a parte inferior da Iniciação; se queremos chegar à Iluminação, à Autorrealização, tem de se rasgar o Véu de Ísis, o qual é o Véu Adâmico Sexual.
No Ovo Filosofal (o Sexo) que representa o Gérmen de toda a vida, está contido todo o trabalho da Grande Obra. Os princípios sexuais masculinos e femininos encontram-se contidos no Ovo. Assim como do ovo sai o pinto; assim como do Ovo de Ouro de Brahama sai o Universo, assim também do Ovo Filosofal sai o Mestre, por isso se diz que são Filhos das Pedras e se lhes presta culto (às pedras).
Nós, os Gnósticos, sabemos que o cadáver, a morte da “oitava chave”, representa as “Duas Testemunhas” do Apocalipse (11:3-6) que agora estão mortas.
Mediante a “Putrefacção Alquimista”, representada pelos “Cornos”, mediante os “Trabalhos da Alquimia”, ressuscitam as “Duas Testemunhas”.
Todo o poder se encontra encerrado na “Espiga de Trigo”. O Anjo Sagrado que levamos dentro de nós toca a sua trombeta e as “Duas Testemunhas” levantam-se do sepulcro.
As “Duas Testemunhas” são o par de cordões simpáticos semietéricos, semifísicos que se enroscam na medula espinal formando o Caduceu de Mercúrio, o “Oito Sagrado”, o símbolo do Infinito e que são conhecidos no Oriente com os nomes de Idá e Pingalá.
O “Oito” é o Número de Jó, o homem da Santa Paciência. Este número representa a vida e o sacrifício de Jó, que é o caminho por onde o Iniciado chega ao Segundo Nascimento.
As “Provas” são muito amargas; precisamos da Paciência do Santo Jó, sem ela é impossível fazer esse “Trabalho”. A Jó foi-lhe dada uma enfermidade grave (cap.2, versículo 91); a Lázaro apodrecia-lhe a carne (Lucas 16: 19-31); os amigos de Jó, (Eliphaz, Bildad e Zophar, os três traidores do Cristo Interno) diziam-lhe: “…se tu és amigo de Deus porque não protestas!” E ele respondia: “…o Senhor me deu; o Senhor me tirou.” (1: 21).
O número de Jó é Paciência e Mansidão aí está o caminho para se apodrecer; isto o testemunha a Bíblia original a qual inclui as obras da Eneida, Odisséia e Macabeus; os exemplares de tal Bíblia encontram-se no museu de Londres, no Vaticano e no museu de Washington. A Bíblia moderna é um cadáver. A Bíblia é um Arcano e nos Salmos, capítulo XIX versa sobre o Tarôt.
No arcano nº. 8 encerram-se as provas iniciáticas. Cada iniciação, cada grau, tem as suas provas. As provas iniciáticas são cada vez mais exigentes, de acordo com o grau iniciático. O número “Oito” é o grau de Jó; este número significa “Provas” e “Dores”. As provas iniciáticas realizam-se nos mundos superiores e no mundo físico. As provas da Iniciação são terríveis. Necessita-se de muita Paciência para não se cair no Abismo. Somos provados muitas vezes.
SÍNTESE:
– Quando os nossos discípulos querem pedir auxílio aos Senhores do Carma, pintam uma Estrela-de-Seis-Pontas no solo; abrem os braços em forma de balança e movem-nos para cima e para baixo, com a mente concentrada em Anúbis.
– Então podemos pedir mentalmente, aos Senhores do Carma, o serviço desejado. Ao mover os braços em forma de balança vocalize-se as sílabas:
NI – NE – NO – NU – NA.
– É assim que podemos pedir auxílio aos Senhores do Carma, nos momentos de necessidade ou de perigo. Todo o crédito tem de ser pago.
A síntese cabalística dos números mostra a qual princípio ele está associado, como foi explicado na seção Interpretação, é assim que se interpreta o Tarô e a Cabala.
Todas as cartas possuem sua síntese, nos arcanos menores ela é mostrada na parte inferior à direita da carta.
Exemplo: a carta 23 – O Lavrador se relaciona com o Arcano 5 – O Hierarca, pois 2 + 3 = 5.