Arcano Nº. 9: O Eremita. A Iniciação. “Solidão. Sofrimentos”.
09 – O Eremita
JESOD: Corpo etérico. O Ermitão.
Letra: Teth. Solidão. Sofrimento.
PE: A luz divina nas obras humanas.
PM: Discrição; caridade e conhecimento.
PF: Concreção, culminação e elevação de anelos.
AT: “Sobe ao monte e contempla a terra prometida; mas não te digo que entrarás nela”.
AA: Aquário.
EG: Afirme sua discrição; não comente seus planos de compra; medite sobre a oportunidade de seu anelo.
D: Uma palavra a mais que o desprestigia; versões encontradas; ausência de equilíbrio interior; murmurações.
R: Sacerdote, pastor, rabino. Confiança em um segredo que não se revela; mutismo benéfico.
Sephirote cabalístico: “Jesod”.
Letra hebraica: “Teth”.
Axioma transcendente: “sobe ao monte e contempla a Terra Prometida, mas não te afirmo que entrarás nela”
Elemento de Predição: “promete a ciência para que se faça descobrimentos; ordem ao realizá-los e cautela para servir-se deles. Associações novas e propícias. Amigos que ajudam e amigos que obstaculizam. Luz da razão e luz da intuição; a primeira para o imediato e a segunda para o que virá a ser”.
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ARCANO IX (9) – Amor divino. Prudência. O ermitão. A iniciação. Jesod: o Sol de Leão. A 9ª carta do Tarô. O Ermitão. O Absoluto.
O arcano nº. 9 é o Ermitão, prudente e sábio; é a solidão. Na nona esfera há grandes sofrimentos.
Na nona esfera existe suprema dor, tal como é afirmado por Dante, na Divina Comédia.
Temos de aprender a entender; temos de aprender a sofrer, a ser resignados. Aqueles que não o são, fracassam.
Neste arcano encontramos, nas águas da vida, uma Lua ascendendo. No centro, um velho Ermitão caminha sustendo na sua mão esquerda a lâmpada que lhe ilumina o caminho, é a lâmpada de Hermes, a Sabedoria. Com a sua mão direita apoia-se no bastão dos Patriarcas, o qual representa a coluna vertebral com as suas Sete Igrejas.
O Ermitão, prudente e sábio, está envolvido com o manto protetor de Apolônio, simbolizando a Prudência. Por detrás de si encontra-se a Palma da Vitória.
Na parte superior está um Sol brilhando com três raios, indicando as três Forças
Primárias, que desce para se unir com a Lua. A Lua ascende e o Sol desce, indicando- nos a necessidade de transformarmos a Lua em Sol através da transmutação, converter, com o arcano A.Z.F., os corpos lunares em solares.
O arcano nº. 9 indica claramente as 9 esferas dos Infernos Atômicos da Natureza e as 9 esferas dos 9 céus. Este arcano também assinala os 9 planetas representados nas 9 esferas do planeta Terra.
O iniciado tem de descer às 9 esferas submersas para depois ganhar os 9 céus correspondentes a cada planeta.
No capítulo anterior analisamos a JUSTIÇA, de onde deriva o ser justo; isto tem uma explicação racional que se fundamenta em três Virtudes Santas: “CONSCIÊNCIA, AMOR E COMPREENSÃO”.
Parece, e não tenho temor de equivocar-me, que tudo na criação e nas Leis têm um ponto matemático do qual sai o Amor ou o Ódio.
Da Luz e da Consciência sai o AMOR que torna tudo belo, agradável. Da Inconsciência e do Ódio sai tudo que é triste, sem vigor, infernal.
Poderíamos dizer que o Eremita é aquele homem solitário que leva em sua mão uma gadanha simbolizando a morte, uma pequena tocha que ilumina seu caminho, simbolizando a Luz divina nas mãos do ser humano; aquele Eremita que viaja pelo caminho da vida, enfrentando a solidão, as provas e a dor, iluminado nas noites escuras por essa pequena tocha da consciência para tirar das trevas a Luz e a Consciência que outrora perdeu.
O EREMITA é a viva representação do homem que renuncia a si mesmo, que não tem temor, mas que tem muita fé.
O EREMITA sempre é acompanhado por três raios que lhe fortalecem em seu caminho, que são: “A VONTADE, A COMPREENSÃO E A FÉ”.
Quem deseja a mulher do próximo, não compreendeu o que é o drama da PAIXÃO e MORTE do CRISTO.
A mulher é um complemento do homem e vice-versa. Quem busca seu complemento e se une a ele, o faz bem. Quem deseja à mulher ou a mulher que deseja ao homem por paixão, não por complemento, o faz mal.
Temos que viajar pelo Caminho da Vida sozinhos, porém temos que buscar o complemento para que o azeite, que faz arder nossa lâmpada, nunca se acabe.
O desejo é paixão; quem vence a paixão vence o desejo.
A necessidade se faz quando, por compreensão, se trabalha.
PRÁTICA:
Sentado em um lugar cômodo, imaginar seu chakra Muladhara cheio de luz, cheio de fogo; subir essa luz pela coluna espinhal com a imaginação e a vontade pronunciando a letra S e, através de seu Pai e sua Divina Mãe, invocar à grande maga DEVATA GANESHA e pedir-lhe, rogar-lhe, implorar-lhe que limpe seu chakra Muladhara e que faça subir seus fogos sagrados pronunciando os mantras “VAN SAM CHAM”, 7 (sete) vezes.
O arcano nº. 9 é o Ermitão, a solidão. Este arcano de uma forma mais sublime é a Nona Esfera, o “sexo”.
A descida à Nona Esfera era nos antigos tempos a maior prova para a suprema dignidade do hierofante. Hermes, Buda, Jesus Cristo, Zoroastro, Dante, etc. E muitos outros grandes iniciados tiveram de passar por essa suprema prova: descer à Nona Esfera para trabalhar com o fogo e a água, origem de mundos, animais, homens e deuses. Toda a autêntica iniciação branca tem aí o seu início.
Na Nona Esfera ou nono extracto da Terra, no centro da Terra, no próprio coração da Terra, encontra-se, resplandecente, o símbolo do Infinito. Este símbolo tem a forma de um Oito. O símbolo do Infinito é o Santo Oito. Neste símbolo estão representados o coração, o cérebro e o sexo do Gênio da Terra. O nome secreto desse Gênio é Changam.
O Zohar adverte-nos, de forma enfática, que no fundo do Abismo vive o Adão Protoplastos, princípio diferenciador das almas. Com esse princípio temos de disputar, dentro de nós próprios, uma luta de morte. A luta é terrível, cérebro contra sexo, sexo contra cérebro, e o que é mais espantoso e doloroso é a questão do coração contra coração.
É óbvio que nos seres humanos todas as forças giram tendo por base o Santo Oito.
Aquele que quiser entrar na “Cidade das Nove Portas”, mencionada no BhagavadGita, deve decidir-se a descer à Forja Acesa de Vulcano.
No organismo humano a Nona Esfera é o sexo; aquele que quiser autorrealizar-se tem de descer à Nona Esfera para trabalhar com a água e o fogo para chegar ao Segundo Nascimento.
Na Nona Esfera encontra-se a Forja Acesa de Vulcano (o sexo). Aí desce Marte para retemperar a sua espada flamígera e conquistar o coração de Vênus (a Iniciação Venusta); Hércules, para limpar os estábulos de Augias (os baixos fundos animais); Perseu, para cortar, com a sua espada flamígera, a cabeça da Medusa (o Eu psicológico ou Adão terreno). E essa cabeça semeada de serpentes deve ser entregue, pelo estudante esotérico, a Minerva, a Deusa da Sabedoria.
“Nove” meses permanece o feto dentro do ventre materno e “nove” idades são necessárias no ventre de Reia, Tonantzín, Cibeles, ou seja, a Mãe Natura, para que nasça uma Humanidade Planetária. Assim também é óbvio que tem de se descer à Nona Esfera para se poder gestar e conseguir o Segundo Nascimento.
Jesus disse a Nicodemos: “É necessário que nasças de novo para poderes entrar no Reino dos Céus.” (João 3:1-15). Isto significa fabricar os corpos solares porque ninguém pode entrar no Reino se estiver vestido com farrapos lunares. É necessário fabricar os corpos solares, e isto somente se consegue “transmutando a energia criadora”. Na Teogonia Egípcia esses corpos solares estão representados pelo Sahu egípcio. Ninguém tem o direito de se sentar à mesa dos Anjos senão estiver vestido com os corpos solares. Temos de fabricar o To Soma Heliakon, o Corpo de Ouro do Homem Solar.
Está escrito que: “tortuoso é o caminho que conduz à Luz.”. Aquele que quiser seguir o caminho: “Negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e siga-me.”. (Os três factores da Revolução da Consciência: Morrer, Nascer e Sacrifício.).
Aquele que quiser autorrealizar-se deve estar disposto a renunciar a tudo: riquezas, honra, prestígio; deve dar o seu próprio sangue; deve ter um “Centro de Gravidade”, um centro de Consciência permanente. Todos nós, os seres humanos, não somos mais do que máquinas controladas pelos nossos Eus (o Ego é plural). Estamos colocados numa situação pouco vantajosa, o que significa que são necessários super-esforços para aniquilar o Eu.
Esse Ego, o Mefistófeles, é a raiz de todos os nossos sofrimentos e dores e vive em função do seu próprio condicionamento. Devemos reduzi-lo a poeira cósmica para ter uma Consciência desperta, para “poder ver a Senda”.
Por “Saber” entende-se: ver, ouvir e tocar as Grandes Realidades.
É necessário entender o que significa o “Fundo do Abismo”; quando se diz “descer ao fundo do Abismo”, significa isso mesmo. Ao descer à Nona Esfera, pela Lei das Concomitâncias ou das Relações, entramos em harmonia com o organismo planetário em que vivemos; aquele que trabalha na Nona Esfera desceu ao fundo do seu aspecto real; se aquele que aí está a trabalhar desencarnasse comprovaria que realmente vive nessa região (a Nona Esfera é o Centro da Terra); é claro que somente o comprovaria aquele que tivesse despertado a Consciência. Tem de se advertir o neófito que na Nona Esfera existe a “suprema dor”, tal como o afirma Dante na Divina Comédia: nos condenados as lágrimas coalharam-se nos seus olhos, a outros as águas sobem até aos seus órgãos criadores.
É preciso saber entender, é preciso aprender a sofrer, a ser-se resignado; os que não o são fracassam, são como um Tetragrammaton. É um paradoxo querer encontrar felicidade na Nona Esfera. Seria absurdo, pois a Autorrealização Íntima é custosa, tem um preço, o qual pode até ser a própria vida.
Acaso não foi Hiram Habiff assassinado e procurado por “27 Mestres” o que somado cabalisticamente dá 2 + 7 = 9?
Na Nona Esfera há grandes dores até que por fim se chega ao Segundo Nascimento.
Quando Jesus disse a Nicodemos que tinha de “Nascer de Novo”, ele não compreendeu.
Jesus, sim, conhecia o Grande Mistério. Sairemos alguma vez da Nona Esfera? Sim!
Quando se consegue o Segundo Nascimento.
Depois de ter criado o “To Soma Heliakon” na “Forja dos Ciclopes” (o sexo) tive de passar algum tempo em profundas reflexões. Na mansão do Amor, no templo dos “Duas Vezes Nascidos” encontrei outros irmãos e irmãs que também tinham trabalhado intensamente na Forja Acesa de Vulcano (o sexo), todos eles brilhavam gloriosamente entre os indescritíveis encantos da Sexta-Feira Santa. Reunimo-nos para comentar as lutas e os sofrimentos, tínhamos saído vitoriosos. Mas tudo isto é o princípio dos princípios, o fundamento dos fundamentos, há algo mais para além disto e torna-se necessário que vós sejais informados.
Se um dos Duas-Vezes-Nascido s, ou alguém que tenha conseguido o Adeptado, tenta chegar ao estado Angélico, terá de descer outra vez ao “Poço” profundo do Universo, a Nona Esfera, e uma vez concluído o trabalho, voltar a subir pela escada, ou escala de Lúcifer, para alcançar esse estado Angélico. Se quiser ser um Arcanjo, um Principado, um Trono ou um Querubim, tem de proceder do mesmo modo; descer para logo subir.
É preciso entender e distinguir entre o que é uma “Queda” e o que é uma “Descida”; aquele que já foi decapitado não pode voltar a sê-lo. Nas vésperas da entrada no Absoluto necessita-se de descer à Nona Esfera.
Quando se chega ao Segundo Nascimento o sexo é-nos proibido; já não se utilizará o sexo porque se quer, mas sim porque se recebe a ordem da Fraternidade Branca, a ordem Sagrada, ou então a ordem do Pai que está em Segredo. Se nos ordenam descer ao poço do Abismo temos de obedecer; isto não é prazer, mas sim dor e sacrifício.
Pela escada luciférica temos de descer e sofrer; precisamos de nos converter em Mestres, tanto das forças Superiores como das Inferiores. “O Pai que está em Segredo” ordena o que se deve fazer; somente se desce quando se recebe a ordem.
Somente perde os seus graus iniciáticos aquele que cai, não o que desceu. Concluído o trabalho recebem-se as ordens e já não se utiliza o sexo de forma caprichosa. É o “Pai” o dono deste ato e do próprio Pai tem de vir a ordem. O sexo não nos pertence, mas sim ao Pai.
A lei de Leviatã é a lei daquele Maçon que já ultrapassou todos os graus esotéricos e como já foi decapitado não pode sofrer qualquer dano, nem de cima nem de baixo, vive em sintonia com a Grande Lei. Este é o conhecimento superior da Maçonaria Esotérica.
Primeiro fazemos a nossa vontade caprichosa, depois temos de fazer a “Vontade do Pai”.
Quando já não se tem “Ego” desaparece a maldade e somente se sabe fazer a “Vontade do Pai”; Ele é o nosso verdadeiro Ser, é o Ancião dos Dias, está para além de Atman; quando Ele ordena, as suas ordens deve ser cumpridas.
Somente nos libertamos da Nona Esfera quando nos convertemos em Paramarthasatyas (habitantes do Absoluto), então submergimo-nos na Dita Abstrata. Porém antes que tal suceda haverá uma humilhação; precisamos de voltar a descer, senão violar-se-ia a lei de Leviatã, o Selo de Salomão.
No Apocalipse da Santa Bíblia também encontramos os mistérios da Nona Esfera: “…e ouvi o número dos que foram assinalados, (que eram) cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.” (7:4). Ao somar cabalisticamente os números entre si temos o número nove: 1 + 4 + 4 = 9, a Nona Esfera, o sexo. Somente são salvos aqueles que tenham conseguido a castidade absoluta.
“…e olhei; e eis que o Cordeiro estava de pé sobre o monte de Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil que tinham escrito sobre as suas frontes o nome dele e o nome de seu Pai.” (14:1). O Monte de Sião é os mundos superiores, os números são quantidades simbólicas e cabalisticamente são assim decompostos: 1 + 4 + 4 = 9. Nove é a Nona Esfera, o sexo.
Somente com o Grande Arcano podemos ser salvos e receber o nome do Pai na fronte. O povo de Sião é o povo espiritual de Deus. Este povo está constituído por todos aqueles que praticam a Magia Sexual (o povo da Castidade).
Referindo-se à Nova Jerusalém diz: “…e mediu o seu muro; cento e quarenta e quatro côvados, medida de homem, que era (também) a do anjo.” (21:17); 144= 1+4+4=9, o sexo.
O “nove” é medida de homem e de anjo.
Nove meses permanecemos no ventre materno. Somente na Nona Esfera pode nascer o Filho do Homem. Nunca se conheceu qualquer anjo que não tenha nascido da Nona Esfera.
Aquele que quiser cortar a cabeça da Medusa (o Eu) deve descer à Nona Esfera.
Aquele que quiser encarnar o Cristo tem de descer à Nona Esfera. Aquele que quiser dissolver o Eu deve descer à Nona Esfera. A Nona Esfera é o Sanctum Regnum da omnipotência divina do Terceiro Logos. Na Nona Esfera encontramos a Forja Acesa de Vulcano.
Todo o “pombinho” que trabalhe na Grande Obra deve apoiar-se no seu báculo, alumiar-se com a sua própria lâmpada e cobrir-se com o seu manto sagrado. Todo o “pombinho” deve ser prudente. Se quereis encarnar o Cristo sede como o limão. Fugi da luxúria e do álcool. Matai as raízes mais íntimas do desejo.
Abundam estudantes esoteristas que erroneamente afirmam haver muitos caminhos para chegar a Deus. Contudo o Divino e Grande Mestre Jesus disse: “… que estreita é a porta e que apertado o caminho que conduz à luz, e quão poucos são os que acertam com ele.” (Mateus; 7:14).
Se o estudante esotérico esquadrinhar pacientemente os Quatro Evangelhos poderá comprovar por si próprio que Jesus nunca disse que existiam muitos caminhos.
O Adorável Salvador do Mundo falou somente de uma só porta estreita e de um só caminho, tortuoso e difícil. E essa porta é o sexo! E esse caminho é o sexo! Não há outro caminho para chegar a Deus. Jamais se conheceu, em toda a Eternidade, algum Profeta que tenha conhecido outra porta que não o sexo.
Alguns estudantes esotéricos equivocados, confusos, errados, objectam estes Ensinamentos e afirmam que Pitágoras, Zoroastro, Jesus e outros Iniciados eram celibatários e que nunca tiveram mulher.
Em todos os templos de mistérios existiram vestais sagradas. Os materialistas, os desrespeitosos, os mal-intencionados, arbitrariamente pretendem chamá-las prostitutas sagradas, porém essas vestais eram verdadeiras virgens iniciadas, Virgens esotéricas, ainda que seus corpos já não o fossem fisiologicamente.
Os iniciados do templo: Pitágoras, Zoroastro, Jesus Cristo, e todos os antigos iniciados, sem excepção, praticaram realmente o arcano A.Z.F. com as vestais do templo. Somente na Forja Acesa de Vulcano, esses grandes iniciados, puderam retemperar as suas armas e conquistar o coração de Vênus.
Este é o arcano do “Ermitão”; é representado como um ancião que leva uma lâmpada na sua mão direita. Esta lâmpada deve ser elevada ao alto para que ilumine a Senda; há que elevá-la, levantá-la bem alto para iluminar.
O número “Nove” ao ser multiplicado por qualquer dígito dá sempre nove; por exemplo:
2×9 = 18 ————— 1+8 = 9
4×9 = 36 ————— 3+6 = 9
5×9 = 45 ————— 4+5 = 9
Isto torna-se interessantíssimo; existem 9 círculos infernais no interior da Terra.
Desde a sua epiderme até à parte central pode-se dizer que há Nove universos paralelos infernais que vão até ao próprio coração da Terra, ficando o Nono Círculo no mesmíssimo centro terrestre. Estes nove círculos são as 9 regiões demoníacas ou diabólicas.
Também existem 9 círculos superiores que no ocultismo se denominam os 9 Céus, a esses 9 Céus podemos representá-los com os 9 Planetas:
Quando nos referimos, por exemplo, à Lua, não devemos pensar no satélite físico Lua. A região sub-lunar diabólica não deve ser procurada na Lua, mas sim no interior da Terra.
Pensemos agora no Céu Lunar; não se quer dizer que seja relativo, precisamente, à Lua, mas sim às Regiões Superiores, ou seja, às regiões moleculares, a um Mundo Molecular, que se encontra aqui mesmo no nosso mundo.
Este primeiro Céu Lunar tem a sua própria ciência. Aí se encontram as almas que merecem ascender a essa região porque nem todos os desencarnados conseguem chegar a este céu; a maior parte dos desencarnados tornam a regressar, a partir do umbral, para entrarem na região dos mortos e logo penetrarem numa nova matriz; outros entram na involução submersa das nove esferas infernais.
Entra-se no primeiro Céu Lunar como num descanso. A Lua está relacionada com a Castidade, com o sexo. Aí podemos recordar distintos erros cometidos através do sexo.
Existe um grave problema: a Lua tende para a materialidade; toda a mecanicidade terrestre está controlada pela Lua. Toda a vida da Terra, toda a mecânica Terrestre, está controlada pela Lua. Toda essa vida mecânica em que vivemos é de tipo lunar.
A Lua, tal qual uma peça de um grande relógio, faz mover a maquinaria terrestre.
Da Lua depende o crescimento dos vegetais, dos animais, a ovulação na mulher, o fluxo e o refluxo dos mares, as altas e as baixas marés, etc.
Como a vida é tão mecanicista, se realmente se quiser triunfar, deve-se aproveitar a Lua crescente para as nossas atividades, tal como a Lua Cheia. Se é usada a Lua Minguante, fracassa-se. A Lua Nova é muito difícil, não tem força.
Se quisermos triunfar nalguma atividade ou nos negócios temos, inevitavelmente, de aproveitar a Lua Crescente e a Lua Cheia. Nunca devemos começar um negócio em Quarto Minguante ou em Lua Nova.
Para controlar a materialidade lunar tem de se apelar aos perfumes vegetais das Rosas e das Violetas. Há que usá-los para controlar a materialidade, já que a Lua exerce uma influência materialista sobre a mente humana. Para nossa desgraça, os elementos subjetivos que temos dentro de nós são controlados pela Lua.
A Alma de cada ser vivente emana de um “Átomo”, o “AIN SOPH”. Cada um de nós tem o seu Ain Soph, que é uma Estrela que brilha no Espaço Infinito. Para além dos Nove Céus, as Almas devem retornar à sua Estrela, ao seu Ain Soph; o Regresso à sua Estrela é algo Divino. No dia em que se Auto-realize dar-se-á ao luxo de regressar à sua Estrela; isto foi já comentado por Platão no seu “Timeu”. Cada bípede tricerebrado precisa de fazer, de fabricar, a “Borboleta” para retornar a essa Estrela.
Os nove Céus estão em íntima concordância, compaginam-se com os nove círculos infernais; assim:
9 Céus + 9 Círculos Infernais = 18
1 + 8 = 9, o Número do Mestre, do Iniciado.
Precisamos de nos Autorrealizar nos 18 círculos; o indivíduo que não se tenha Autorrealizado nos 18 círculos não é um Mestre.
Em síntese: ser o “Nove Perfeito” é desenvolver-se nos “Dezoito Círculos” para ser-se um Mestre.
ATMAN, é o Espírito Divino (uma Emanação do Logos) que tem Duas Almas: Budhi e Manas. Compreender isto é algo vital. Na Idade Média quando o Cavaleiro Medieval saía para lutar pela sua Dama, não era mais do que a Alma Humana lutando para conquistar a sua Alma Espiritual.
Cheguei a esta compreensão quando o meu Real Ser me levou ao Mundo Causal, o qual é de uma cor intensamente azul-eléctrica.
O Rei, Atman, o Senhor, sentou-se ante uma mesa com a sua “Bela-Dama”, a sua Alma Espiritual, a sua Beatriz, a sua Valquíria; sentaram-se formando, com a Alma
Humana, um Triângulo. Atman começou a falar e então disse: Eu tenho Duas Almas, a
Alma Espiritual e a Alma Humana; enquanto a Alma Humana trabalha, a Alma Espiritual brinca, vive feliz. Esta é a minha doutrina. “Assim nós os Três somos Um”.
Nós, Atman, Budhi e Manas, reunimo-nos no Mundo Causal, nessa Região das Causas; se não fosse essa experiência, não poderia explicar isto tão claramente.
Atman desdobra-se em Budhi e Budhi em Manas, tal como se nos víssemos num espelho, e então surge a Trindade. A Essência é um desdobramento do Manas Superior, essa Essência por sua vez engarrafa-se no Ego. O despertar dessa Essência é o despertar da Consciência ; é tornarmo-nos Conscientes dos Mistérios da Vida e da Morte. Muitos querem despertar a Consciência , porém, a qualquer momento, abandonam o “Trabalho”; por isso, a ninguém se comunicava o “Maithuna” sem que antes despertasse a Consciência .
A Mensagem de Natal de 1968/69 traz descrita as “Runas” para o Despertar da Consciência . Encarnar o SER, a Tríade Divina, isso sim, é muito difícil; há necessidade de fabricar os Corpos Solares. Se o SER fosse encarnado antes de se ter fabricado os Corpos Solares não se aguentaria o choque eléctrico, morrer-se-ia.
Fabricar os Corpos Solares é algo vital; deve-se trabalhar na Nona Esfera. Tem de se descer à Forja dos Ciclopes para se trabalhar com a Água e o Fogo. A energia criadora é o Espírito Santo; Vulcano é o Terceiro Logos; a força sexual é Shiva.
O Fogo Sagrado é “Ela”, a Serpente Ígnea que ascende pelo canal medular; é a Mãe Kundalini. Ela desposa-se com o seu marido na glândula pineal. O Terceiro Logos, o Espírito Santo, o Eterno Esposo é quem fecunda a Mãe Divina Kundalini, a raiz da Mônada-Mãe-Espaço.
A sementeira cósmica, a Matripadma, é a Deva-Mater, é a Matéria Caótica, a
Substância Mater, a Matéria-Prima da “Grande Obra”; essa é a Mãe-Espaço. O Espírito Santo é o Terceiro Logos, que a fecunda, que está latente na Matripadma; sem ele, ela permanece estática e com ele, se inflama, resplandece, se entumece.
O Pai é o Primeiro Logos, o Segundo é o Filho e o Terceiro é o Espírito Santo. Estes Três Aspectos estão por detrás de Atman, Budhi e Manas. Do Ain Soph emana o Pai; d’Ele, o Filho e d’Este, o Espírito Santo. Esses Três Logos são o Tao, Brahatman e o Espírito Universal de Vida; e ainda mais além está o Absoluto. Esses Três Logos emanam desse Oceano Universal de Vida. Uma onda que brota pode ser “Ishvara”, um “Purusha” que instrui, e logo que instruiu, volta a fundir-se no Espírito do Oceano.
O Absoluto em si mesmo tem Três aspectos: o “Ain”, o “Ain Soph” e o “Ain Soph Aur”. Falar do Ain torna-se difícil porque é o Absoluto Imanifestado. No Absoluto não existe forma, nem aspecto, nem número ou peso. Quando o Universo se dissolve fica apenas a recordação na Consciência dos Deuses e com essas recordações forma-se o Universo do Pleroma; e, se quiséssemos retirar daí alguma coisa já nada existiria, pois são só recordações.
SÍNTESE:
– Por um Ser Autorrealizado entende-se aquele que tenha criado os Corpos Solares e que tenha eliminado o Ego.
– Somente se desce ao Abismo por ordem do Ancião dos Dias e, então, será para ascender.
– A Iniciação é a tua própria vida.
– O Íntimo é aquele que recebe as Iniciações.
– Assim pois, a Iniciação nada tem que ver com nenhum desses fantásticos relatos que tanto abundam em certos livros.
– Aqui nada se nos dá gratuitamente, tudo tem um custo. Àquele que nada se deve, nada se lhe paga.
– As Iniciações são recompensas que o Logos outorga ao homem, quando o discípulo se sacrificou pela Humanidade.
– Aqueles que somente se preocupam com o seu progresso espiritual e que não trabalham pelos seus semelhantes, não conseguem absolutamente nada. Aquele que quiser progredir tem de Sacrificar-se pelos seus semelhantes.
– A Iniciação é a própria vida intensamente vivida com Retidão e com Amor.
A síntese cabalística dos números mostra a qual princípio ele está associado, como foi explicado na seção Interpretação, é assim que se interpreta o Tarô e a Cabala.
Todas as cartas possuem sua síntese, nos arcanos menores ela é mostrada na parte inferior à direita da carta.
Exemplo: a carta 23 – O Lavrador se relaciona com o Arcano 5 – O Hierarca, pois 2 + 3 = 5.